Em 1845, os navios britânicos HMS Erebus e HMS Terror desapareceu de maneira misteriosa no Ártico canadense. Imagens divulgadas recentemente dos destroços bem conservados do HMS Terror podem ajudar a descobrir o que houve com o capitão da missão, Sir John Franklin, e sua tripulação de 128 marinheiros.

O HMS Terror e o Erebus faziam parte da expedição que partiu da Grã-Bretanha em 1845 com a missão de encontrar a Passagem do Noroeste, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico pelo Ártico.

Surpreendidos por temperaturas extremas, a tripulação ficou presa no gelo. As circunstâncias da maior tragédia da exploração do Ártico permanecem obscuras até hoje. O HMS Erebus foi encontrado em 2014, na mesma região.

As imagens gravadas foram feitas por mergulhadores e um robô submergível. Elas revelam artefatos intactos da vida no navio, cujos destroços foram encontrados em 2016, a 24 metros de profundidade, ao largo da ilha do Rei Guilherme, na passagem do noroeste, a leste de Cambridge Bay, no Canadá.

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“Ao explorar o HMS Terror, tivemos a impressão de que se tratava de um navio recentemente abandonado por sua tripulação. Parecia ter escapado da passagem do tempo”, disse Ryan Harris, diretor do projeto arqueológico e piloto do robô utilizado nas buscas em um comunicado.

As imagens submarinas mostram o HMS Terror exatamente como há 170 anos. A equipe encontrou um timão coberto de algas, um beliche enterrado no limo e pratos e garrafas intactos.

“A condição em que encontramos a cabine do capitão Francis Crozier supera nossas expectativas”, afirmou Marc-Andre Bernier, um dos integrantes da equipe arqueológica.

Além dos objetos encontrados, os pesquisadores também se depararam com documentos, instrumentos e mapas científicos intactos, que poderão fornecer informações preciosas sobre a expedição.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Canadá, Catherine McKenna, a descoberta “é um diferencial para entender o destino da expedição Franklin”.