A paradisíaca e quase intocada ilha australiana Rottnest está prestes a se tornar uma zona de quarentena de coronavírus. Oitocentos passageiros australianos do navio de cruzeiro Vasco da Gama residirão na ilha na costa de Perth por 14 dias. No entanto, eles não estarão sozinhos em quarentena. Rottnest é lar de milhares de animaizinhos adoráveis, os quokkas.
O navio de cruzeiro deveria atracar em Fremantle Port na sexta-feira, no entanto, medidas estritas impostas na Austrália Ocidental para conter o surto de COVID-19 proibiram efetivamente os navios de ancorarem lá. Embora atualmente não haja indicação de que alguém a bordo do navio esteja infectado, as autoridades de tomaram a decisão de permitir que todos os australianos fossem transferidos para a Ilha Rottnest.
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Acomodações, serviços de catering e instalações médicas foram preparadas para a chegada desses novos hóspedes.
De acordo com o canal de TV ABC, o primeiro-ministro da Austrália Ocidental, Mark McGowan, achou que a ideia de Rottnest como um potencial local de quarentena parecia quase “ridículo” quando os preparativos começaram. “Mas estou muito satisfeito por termos tomado essa decisão há alguns dias, porque agora precisamos dela”, disse ele.
Na ilha existem cerca de 10.000 quokkas. Os pequenos marsupiais atraíram muita atenção dos turistas nos últimos anos devido ao seu sorriso irresistível. Existem outras populações na Austrália Ocidental, mas no geral as espécies são listadas como vulneráveis devido à perda de habitat, padrões alterados de incêndio e predação por animais selvagens. Devido à sua crescente popularidade, existem várias dicas para garantir a proteção dos quokkas, inclusive para não tocá-los ou alimentá-los e deixá-los abordá-lo, em vez de persegui-lo.
Durante os 14 dias de quarentena, a ilha de Rottnest permanecerá estritamente fora dos limites para o público. Os passageiros do navio de cruzeiro que são australianos serão transportados do navio para as praias de Rottnest. Passageiros e tripulantes estrangeiros, incluindo 109 neozelandeses e 33 do Reino Unido, só poderão desembarcar se precisarem de atendimento médico urgente ou ir diretamente ao aeroporto internacional quando forem tomadas providências.
Essa abordagem de precaução foi adotada pelas autoridades, depois que milhares de passageiros foram autorizados a desembarcar em Sydney do navio de cruzeiro Ruby Princess, dos quais mais de cem tiveram testes positivos para o COVID-19.