Uma ilha de cerca de 300 habitantes está em campanha para não ter mais que seguir um fuso horário 

Por Redação

Moradores de uma ilha da Noruega, Sommarø, querem se tornar a primeira zona livre do tempo do mundo. Isto é, sem o controle do tic-tac do relógio.

O motivo? Entre 18 de maio e 26 de julho o sol nunca se põe na região, que fica ao norte do Círculo Ártico. Um total de 69 dias de luz solar interrupta.

Depois disso, os habitantes locais suportam longas noites polares de novembro a janeiro, quando o sol não aparece mais. E é neste período do verão no hemisfério norte que habitantes querem aproveitar ao máximo, sem levar em conta a cronometragem convencional.

“O sol da meia noite do norte da Noruega muda a maneira como nos comportamos e interagimos uns com os outros, e é para melhor. Não faz sentido falar sobre fusos horários, horário de verão, noite ou qualquer coisa assim aqui”, disse o norueguês Kjell Ove Hveding, que está por trás da iniciativa em Sommarøy ao site IFLScience.

De acordo com Kjell, eles querem que a ideia introduza flexibilidade em sua rotina.

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“Se você quer pintar sua casa em ‘2:00’ Está tudo bem”, disse moradores em um vídeo publicado no Facebook. “Se quisermos cortar a grama à meia-noite”, nós iremos. Se quisermos nadar às 4 da manhã, nós o faremos. Por esses 70 dias, o tempo simplesmente não é um objeto para nós. É por isso que queremos ser oficialmente reconhecida como a primeira zona livre do tempo do mundo. ”

Em 13 de junho, os habitantes da ilha se fizeram uma reunião na prefeitura para assinar uma petição para uma zona livre de tempo. A ideia é entregar o documento para um membro do parlamento norueguês a fim de discutir os desafios práticos e legais da iniciativa.

“Para muitos de nós, conseguir isso por escrito significaria simplesmente formalizar algo que praticamos há gerações”, diz ele.

Os ilhéus esperam estar livres do tradicional horário de funcionamento e introduzir flexibilidade na escola e no horário de trabalho. A pesca e o turismo são as principais indústrias desta ilha com uma população de pouco mais de 300 pessoas.

O conselho de turismo da ilha acredita que o reconhecimento como uma zona sem tempo pode atrair mais visitantes curiosos com o verão sem fim.