A Urbia, concessionária que administra o Parque Ibirapuera, iniciou a cobrança de tarifa para assessorias esportivas particulares e profissionais que atuam dentro do parque.
Em uma mensagem enviada aos treinadores, a empresa anunciou a tabela de preços. Os valores variam de R$ 240 a R$ 1.500, dependendo do número de alunos de cada assessoria.
Veja a tabela abaixo
Segundo a Urbia, a cobrança para assessorias esportivas privadas já estava prevista no Plano Diretor e no Contrato de Concessão do Parque, feito em 2019 na gestão Bruno Covas.
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A medida desagradou os profissionais que atuam no parque. Representante da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo (ATC-SP), Alessandra Outechar diz que enviou um pedido à concessionária para que a cobrança não seja feita, mas não houve acordo.
Agora, a entidade quer que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entre na discussão para evitar a cobrança.
“A gente tem todo um trabalho antes parque. Então, toda a venda que nós temos é fora o parque. Envio de planilhas é feito fora parque, tudo é feito fora, aqui é nosso ponto de encontro que o aluno vem, encontra e conversa com o treinador e ele sai pra correr”, disse Alexandra em depoimento ao G1.
Diretor da Urbia Parques, Samuel Lloyd afirmou que a cobrança foi autorizada pela Prefeitura e que a previsão da concessionária é arrecadar cerca de R$ 500 mil por ano com a taxa, para ser aplicada em melhorias para o Parque Ibirapuera.
“Nós mapeamos 60 empresas que fazem essa prática no Parque do Ibirapuera, somando quase 4 mil alunos. É uma comunidade importante para o Parque do Ibirapuera e o nosso interesse é organizar o espaço público para que a fruição das pessoas que não estão pagando por esse serviço também seja livre, assim como as pessoas que estão organizando esse serviço saibam exatamente quais os locais em que podem atuar”, afirmou em entrevista ao Bom Dia SP.
“Só no ano passado foram R$ 70 milhões de investimentos [da Urbia] no Parque Ibirapuera, no custeio do parque. Esse projeto deve arrecadar no máximo cerca de R$ 500 mil no ano. Portanto é uma contribuição ainda muito pequena perto da revolução que está sendo feita no Ibirapuera, perto da melhoria desse espaço público”, pontuou Lloyd.