Na última sexta-feira (9), o hotel de luxo Akasaka Excel Hotel, localizado em Tóquio, informou através de avisos que haveria dois elevadores para japoneses e dois elevadores para estrangeiros. A ação do hotel situado no Japão, sede dos Jogos Olímpicos, acabou chegando até as redes sociais, onde foram acusados de discriminação e segregação.
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No Twitter o caso deu o que falar, trazendo a tona menções ao apartheid e às medidas de Jim Crow nos EUA, que impediam negros de votar na região sul do país. Após a polêmica, o hotel desistiu das medidas e as retirou dias depois. O local ainda se desculpou pelo ocorrido “mal-entendido” e disse que a ideia inicial era separar o fluxo de viajantes que chegaram até o país para as Olimpíadas, do resto dos hóspedes.
Com hospedagens de quatro estrelas e diárias que vão de US$ 70 (R$ 368) a US$ 780 (RS 4.100), o Akasaka Excel Hotel ainda disse que “não tinha intenção de discriminar”. Durante o período dos Jogos Olímpicos, o local deve ficar com casa cheia, já que possui uma localização privilegiada, próxima ao prédio do parlamento japonês e do Palácio Imperial.
Nesta segunda-feira (12), o Japão iniciou seu estado de emergência. Para evitar e prevenir o agravamento da pandemia e a disseminação da variante Delta do coronavírus, as autoridades japonesas estabeleceram medidas válidas para Tóquio e Okinawa até 22 de agosto, duas semanas após o fim das Olimpíadas.
Bares, restaurantes e karaokês estão proibidos de vender bebidas alcoólicas e devem encerrar as atividades às 20h durante o período de emergência. Chiba, Saitama, Kanagawa e Osaka terão restrições mais leves, sendo autorizados pelas autoridades responsáveis, a venda de bebidas alcoólicas até às 19h.