HONG KONG (Reuters) – A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse neste domingo que planeja revisar as restrições contra Covid-19 na segunda-feira, alguns dias depois de reconhecer que muitas pessoas do centro financeiro estão “perdendo a paciência” com as políticas locais de contenção do coronavírus.
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A cidade governada pela China tem algumas das regras contra Covid-19 mais rigorosas do mundo, com a proibição de voos vindos de nove países, incluindo Austrália e Reino Unido, e quarentena em hotel de até duas semanas para aqueles que chegam.
A cidade também impôs a proibição de reuniões com mais de duas pessoas, enquanto a maioria dos locais públicos está fechada, incluindo praias e playgrounds. As máscaras são obrigatórias e não há aulas presenciais nas escolas.
No domingo, o governo registrou 14.149 novos casos de Covid-19, abaixo dos 16.597 do dia anterior e dos mais de 20.000 na sexta-feira.
O surto de coronavírus atingiu seriamente lares de idosos e paralisou muitas partes da cidade.
Nas últimas semanas, as ruas no coração do centro financeiro de Hong Kong ficaram estranhamente silenciosas, restaurantes e bares se mantiveram fechados ou vazios e as prateleiras dos supermercados ficaram vazias enquanto as pessoas estocavam mantimentos em meio ao medo de um bloqueio em toda a cidade.
Muitas empresas em toda a cidade foram forçadas a fechar, incluindo academias, restaurantes e bares, enquanto outras dizem que estão vivendo com hora marcada para fechar as portas e precisam de alívio imediato nas restrições para sobreviver.
Hong Kong observou a saída de cerca de 50.000 pessoas até agora este mês, em comparação com as mais de 71.000 que deixaram o local em fevereiro e quase 17.000 em dezembro antes da quinta onda.
Enquanto Hong Kong está oficialmente se apegando a uma estratégia “Covid zero” que visa conter todos os surtos, ações recentes e ajustes de políticas sugerem que a realidade pede iniciativas mais brandas, com a maioria das grandes cidades globais aprendendo a conviver com o vírus.
A política oficial espelha a da China continental, que também enfrenta um grande desafio, pois o aumento recente nos casos restringe a circulação de milhões de pessoas e afeta alguns dos polos industriais do país.
(Por Anne Marie Roantree, Twinnie Siu, Jessie Pang e Greg Torod)