Hiperidrose: suor excessivo é um distúrbio e pode ser tratado

Hiperidrose: suor excessivo é um distúrbio e pode ser tratado
Foto: Freepik

Você conhece alguém que sua excessivamente nos pés, mãos, axilas ou outra região? Talvez isso ocorra com você mesma, causando sensações de desconforto e vergonha. Quando sem estímulos, o suor excessivo em certas áreas é sintoma de uma condição chamada hiperidrose — e pode ser tratado.

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À IstoÉ, a dermatologista Julia Ocampo relata que a condição pode se manifestar de duas formas: focal e generalizada. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a hiperidrose focal geralmente inicia-se na infância e pode ser causada por um fator genético. Já a versão generalizada pode ser resultado de alguma condição adjacente ou um efeito colateral de medicações.

Diferenças entre hiperidrose focal e generalizada

Além das diferenças já citadas, Julia explica que a hiperidrose focal é mais comum nas regiões plantar (pés), palmar (mãos) e axilar (axilas), com manifestação fixa (não muda de lugar). De acordo com a SBD, a condição acomete cerca de 3% da população.

Enquanto isso, a hiperidrose generalizada envolve todo o corpo e, diferentemente da versão focal, faz com que o paciente também sue durante momentos de sono e repouso. Essa manifestação pode surgir já na vida adulta.

De acordo com a dermatologista, a causa mais provável da hiperidrose focal é a “hiperexcitabilidade ou superatividade das glândulas que produzem o suor”. Essa alteração pode ser produto de uma disfunção neurológica.

“Muitos pacientes apresentam resposta exagerada a estímulos físicos, emocionais e a aumentos da temperatura. Mais da metade [dos pacientes] refere histórico familiar positivo, o que sugere a participação de fatores genéticos”, destaca Julia, ainda se referindo à versão focal.

Em contrapartida, a hiperidrose generalizada “pode ser fisiológica ou estar relacionada à disfunção autonômica secundária a desordens neurológicas, endocrinológicas, metabólicas, doenças febris, malignidades e drogas”, continua a especialista.

Diagnóstico e tratamentos

O diagnóstico da condição é feito de forma clínica, considerando as queixas de cada paciente. “Qualquer sudorese que interfira significativamente no dia a dia deve ser tratada como anormal”, declara a dermatologista.

Segundo ela, existem diversos tratamentos para a condição, que podem ou não ser definitivos. Os principais são:

  • Desodorantes especiais;
  • Iontoforese (de acordo com a SBD, trata-se de um procedimento que usa a eletricidade para desligar temporariamente as glândulas produtoras de suor);
  • Medicamentos orais;
  • Toxina botulínica (botox);
  • Laser;
  • Cirurgias.

Julia explica que as cirurgias têm resultado definitivo. No entanto, no caso da simpatectomia (procedimento que interrompe a via neural), a sudorese compensatória em outra região pode ser ocasionada.

Em suma, o melhor tratamento deve ser indicado por um dermatologista, baseando-se no histórico médico de cada paciente e na região em que ocorre a sudorese.







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