Haute Route México: um encontro de cores nas estradas mexicanas

Por Sander De Mira, organizador do Haute Route Brasil

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Haute Route Mexico, imagem de Fausto de Mira

A Houte Route é uma grife do ciclismo de estrada. Participar de uma prova da série, seja nos Alpes ou em outros países onde o evento acontece, é ter a experiência mais próxima possível do ciclismo profissional. Sander de Mira, organizador do Haute Route Brasil, participou da edição mexicana no último dia 15 de outubro, na cidade de Valle de Bravo, às margens do lago Avandro. No Brasil, o evento teria sua estreia este ano na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, mas a prova foi adiada para março de 2021, devido à pandemia. Confira as impressões de Sander:

+ Haute Route Brasil é remarcada para março de 2021

“No último fim de semana fui ao México acompanhar a edição local do Haute Route, prova que fecha o calendário 2020 dessa que é uma das mais prestigiadas séries de eventos de ciclismo amador do mundo. Em março de 2021 teremos a primeira edição brasileira da prova, com estágios na Serra do Rio do Rastro, no Morro da Igreja e em Florianópolis, essa última com largada na Ponte Hercílio Luz. A experiência mexicana mostra porque tantas pessoas amam o ciclismo e os treinos e provas de estrada.

Haute Route Mexico, imagem de Fausto de Mira

Em apenas três dias, a variedade de paisagens observadas e de experiências vividas pelos ciclistas é enorme. No México, por exemplo, em um mesmo estágio os atletas pedalaram ao lado de um lago, seguiram floresta adentro, cercados apenas pela mata tropical, e alcançaram altitudes elevadas, em região de vulcões e montanhas, com a paisagem característica de locais assim. A experiência de uma variedade cênica tão grande é marcante.

Ainda mais enriquecedora do que a contemplação da natureza foi a possibilidade de convívio com uma cultura diferente. Em outro dos estágios da prova, os ciclistas passaram por pequenos vilarejos mexicanos. Nas ruas estreitas, a movimentação de centenas de bicicletas, atraiu a atenção do público. O resultado foi um belo encontro.  Os ciclistas seguiram com suas camisetas e bicicletas multicoloridas. De um lado e de outro da via, o casario colorido enriqueceu o cenário, que ganhou ainda mais vida e beleza com a presença de moradoras locais com seus tradicionais e vistosos vestidos.

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Haute Route Mexico, imagem de Fausto de Mira

Entre um estágio e outro, ciclistas, pessoal de apoio e familiares vindos de outros países tiveram ainda a oportunidade de conhecer um pouco da gastronomia e da cultura locais, uma experiência também enriquecedora.

O desafio agora é promover uma experiência tão rica também no Brasil. Condições não nos faltam. No percurso, temos paisagens de Mata Atlântica, Serra e Oceano. Também são imensas nossas riquezas culturais – isso sem falar do povo acolhedor. O ciclismo é uma paixão – e provas como a que acompanhei nos últimos dias só fazem reforçar esse sentimento.”