Uma gaivota (Larus dominicanus) ingeriu acidentalmente dois anzóis de pesca no litoral de São Paulo. A ave foi resgatada desnutrida, mas não resistiu enquanto era preparada para uma cirurgia de emergência.

De acordo com o Instituto Biopesca, que prestou atendimento para o animal, a ave foi encontrada nas proximidades da plataforma de pesca de Mongaguá (SP) com uma linha saindo pela boca. Um frequentador do local a levou à base do instituto.

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“Fizemos o raio-X para confirmar a suspeita e acabamos identificando a presença de dois anzóis em partes diferentes do seu estômago”, disse a veterinária Isabella Boaventura.

 

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Anda segundo Isabella, o animal não resistiu por conta das perfurações que os anzóis causaram. “A retirada deles só seria possível com cirurgia, mas, infelizmente, a gaivota veio a óbito antes que pudéssemos tomar essa providência”, explicou. A necropsia indicou que essa foi a principal causa de morte da ave.

Diante do quadro clínico grave, a equipe do instituto preparou a ave para uma cirurgia de emergência. “Mas o animal já possuía sinais de dificuldade respiratória intensa, impedindo a anestesia”, disse a veterinária. A gaivota morreu em seguida.

O Instituto Biopesca integra uma rede que monitora a costa paulista em decorrência da exploração de petróleo e gás natural no Pré-Sal da Bacia de Santos. Trata-se de uma ação exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a Petrobras.

O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.







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