Em um dia histórico para o surf brasileiro, Gabriel Medina celebrou o seu tricampeonato mundial, na última terça-feira (14), em Trestles, Califórnia (EUA).
+ Medina dedica título a Yasmin: ‘me faz sentir o melhor homem do mundo’
+ Mundial de Surf: Tudo o que você precisa saber sobre a grande final
+ Documentário É Capixaba traz os pioneiros do surf no Espírito Santo
Medina enfrentou Filipe Toledo na final inédita da WSL, disputada em formato de mata-mata e em três baterias finais, na qual venceria o melhor de três.
O local de Maresias, no entanto, não chegou no terceiro confronto para definir o resultado. Medina liderou o segundo confronto do início ao fim contra Toledo, e antes mesmo de chegar ao terceiro confronto, consagrou o seu tricampeonato com 8.50 e 9.03 pontos, contra 7.83 e 8.53 pontos de Toledo.
Com o resultado, Medina entra para o seleto grupo de tricampeões mundiais da história – Andy Irons, Tom Curren e Mick Fanning. O maior vencedor do Championship Tour é o americano Kelly Slater, com 11 títulos mundiais.
“Me sinto muito feliz. É a realização de um sonho. Hoje é um dia especial pra mim, eu tinha esse sonho na minha mente há muitos anos. Toda honra e glória para Deus e trabalho duro; ser paciência; deixar o surf falar; não sou muito bom em falar, prefiro surfar. Precisei surfar muito para vencer esse título mundial,” disse Medina na entrevista pós-bateria.
Além disso, pela primeira vez, três brasileiros fazem pódio no circuito mundial nas posições de 1º, 2º e 3º lugar respectivamente com Gabriel Medina, Filipe Toledo e Italo Ferreira.
No feminino, a havaiana Carissa Moore e a brasileira Tatiana Weston-Webb entraram na água para a terceira e decisiva bateria do WSL Finals.
Cada uma com uma vitória, elas foram para o tudo ou nada em uma bateria eletrizante e bastante disputada.
A havaiana, no entanto, manteve a liderança desde o início. Mas Tati, por sua vez, manteve-se “na cola”, sempre buscando a virada e sem permitir uma grande diferença até a metade do duelo, fazendo, inclusive, a melhor onda bateria até o momento, um 8.03, e ficando bem próxima da virada.
Contudo, faltando 13 minutos para o término, a havaiana encontrou uma direita com muito potencial e soube aproveitar cada parte da onda, imprimindo rasgadas muitos fortes e uma poderosa batida na junção, que lhe rendeu a nota 8.60 dos juízes.
A brasileira então ficou em uma situação complicada, precisando de uma onda 8.58 para virar o jogo.
As duas continuaram surfando mais ondas, porém, ambas pontuando baixo, sem conseguir finalizar suas respectivas ondas.
Até que, a menos de dois minutos do final, Tati Weston-Webb conseguiu encontrou uma direita muito boa e desferiu uma série de manobras fortes. Porém, errou a finalização, deixando assim escapar a chance da virada.
Com isso, Carissa Moore venceu a terceira bateria do “melhor de três”, levou o WSL Finals e garantiu seu quinto título mundial de surf.