Fundo do oceano será mapeado até 2030, de acordo com pesquisadores

Fundo do oceano será mapeado até 2030, de acordo com pesquisadores
Foto: Reprodução

Um grupo internacional de pesquisadores, que tem o planos de mapear todo o fundo do oceano até o ano de 2030, anunciou que já conseguiu alcançar 20,6% da meta proposta.

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A informação foi oficializada no último dia 21 de junho, como parte das comemorações do Dia Mundial da Hidrografia, data instituída em 2005 para conscientização sobre a importância da navegação segura e sustentável nos oceanos, mares, rios e lagos.

O projeto, que foi batizado de “Seabed 2030”, vem sendo tocado com a ajuda de técnicas modernas de radares e sonares, dados coletados de navios científicos, corporações e proprietários de barcos privados de diferentes locais ao redor do mundo.

Os números representam um aumento modesto no comparativo com os dados de 2020. De acordo com o diretor do projeto, Jamie McMichael-Phillips, isso se deu por conta de dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19.

“Quando o Seabed 2030 foi lançado em 2017, apenas 6% dos oceanos haviam sido mapeados de acordo com os padrões modernos”, escreveu a equipe em um comunicado à imprensa.

Os 1,6% mapeados em 2020 representam uma área relativamente extensa, correspondente a cerca de metade do tamanho dos Estados Unidos. Além disso, a cobertura atual inclui algumas áreas bastante difíceis de se atingir, que só foram mapeadas graças à ajuda do explorador bilionário Victor Vescovo.

A “mãozinha” de Vescovo

mapeamento do fundo do oceano
Five Deeps/Divulgação

Vescovo compartilhou dados coletados por ele e pela tripulação de sua embarcação, a DSSV Pressure Drop. Em setembro de 2019, o bilionário e sua equipe completaram sua missão de descer até os pontos mais profundos de todos os cinco oceanos da Terra.

Usando instrumentos batimétricos para mapear esses locais, a equipe conseguiu mapear uma área equivalente ao tamanho da França em 10 meses.

Mapear todo o oceano tem uma grande importância, já que tem o potencial de trazer uma compreensão bastante abrangente do fundo do mar, algo de suma importância para atividades científicas, descobrimento de novas espécies e exploração comercial.

Um exemplo disso é a elaboração de mapas melhores, que podem ajudar os navios a navegar com maior eficiência, além do lançamento de novos cabos submarinos.

Apesar do lento avanço em 2020, a equipe do projeto Seabed espera conseguir correr atrás do prejuízo nesse e nos anos seguintes, e estão otimistas de que conseguirão alcançar os 100% de cobertura do fundo do oceano até o ano de 2030. As próximas atualizações do projeto serão divulgadas em 21 de junho de 2022.

Texto publicado originalmente em Olhar Digital.







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