Resquícios da fumaça decorrentes dos incêndios florestais na Austrália podem chegar ao Estado do Rio Grande do Sul.
De acordo com a empresa MetSul Meteorologia, imagens aéreas já mostram a presença da fumaça entre o Chile e a Argentina. Em um comunicado, a MetSul mostra imagens obtidas pela Nasa, National Aeronautics and Space Administration, agência do Governo Federal dos Estados Unidos.
CLIMA | Enorme área com fumaça entre Argentina e Chile. Da Austrália e em menor contribuição de incêndios locais via @m_parrington. Com baixa pressão que impulsionará ar do Centro da Argentina pro Sul do Brasil, @metsul crê que a fumaça da Austrália chegará ao Rio Grande do Sul. pic.twitter.com/7NcnT9IiQk
— MetSul.com (@metsul) January 6, 2020
Uma baixa pressão deve impulsionar ar mais seco do Centro da Argentina pro Sul do Brasil. A MetSul crê que a fumaça da Austrália chegará ao Rio Grande do Sul no final da terça (7) e durante a quarta-feira. O estado brasileiro está a 13 mil quilômetros de distância da Austrália.
Temporada de incêndios
Desde setembro os incêndios na Austrália já destruíram mais de 5,5 milhões de hectares, o equivalente a um país como a Dinamarca, e provocaram a morte de 24 pessoas. Além disso, de acordo com informações divulgadas pela Universidade de Sydney, até o momento, cerca de meio bilhão de animais foram mortos nos incêndio.
A segunda-feira amanheceu melhor graças a uma leve chuva no território, mas o fim de semana “foi catastrófico”. Segundo as autoridades, houve mais uma morte no sábado (4) e a retirada de milhares de pessoas, além de “danos consideráveis”.
“Será feito o que for preciso, custe o que custar”, garantiu o primeiro-ministro em entrevista coletiva, após se reunir com a Comissão de Segurança Nacional para analisar medidas de combate aos incêndios.
Aquecimento global?
O verão na Austrália é marcado por incêndios devido as altas temperaturas. Mas de acordo com especialistas, o aumento do calor nesta temporada foi atribuído à crise do clima. O ano de 2019 foi o mais quente no país desde o início dos registros, no início do século 20. Outros eventos climáticos no último ano acirraram a seca e levaram ventos que alastraram o fogo.
No entanto, a crise na Austrália é diferente da onda de queimadas que atingiu a Amazônia brasileira em agosto de 2019. No Brasil, o fogo foi atribuído à ação de desmatamento e abertura de pastos. Lá, os incêndios são fenômenos naturais, e até agora não há registros de que tenham sido causados pela ação humana.