Brasileiro é premiado em concurso de fotos da Via Láctea; veja mais imagens

O fotógrafo Victor Lima foi o terceiro colocado no concurso fotográfico Capture the Atlas - Fotógrafo da Via Láctea 2021
Heavens Above, de John Rutter, foi clicada na Austrália e um dos destaques na premiação.

O concurso fotográfico “Capture The Atlas” anunciou recentemente os vencedores do prêmio Fotógrafo do Ano – Via Láctea e o brasileiro Victor Lima está entre eles.

Aberta a profissionais, a premiação reúne o melhor das imagens do céu noturno feitas por fotógrafos do mundo inteiro, nos mais diferentes cenários. Este ano, registros feitos nos Estados Unidos, Eslovênia, Nova Zelândia, Austrália e Brasil são alguns dos destaques.

Terceiro colocado, Victor Lima teve seu trabalho, “Devil’s Throat” (Garganta do Diabo), destacado pela premiação. O clique foi feito nas Cataratas do Iguassu, do lado brasileiro da fronteira – O gigantesco parque nacional está ao mesmo tempo no Brasil, Paraguai e Argentina. Na imagem, que rendeu a Lima fico a terceira colocação no concurso, está uma das principais cachoeiras do complexo das Cataratas do Iguassu, o ‘Salto de Santa Maria’.

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“Fotografar as Cataratas do Iguassu à noite sempre foi um dos meus projetos prioritários. Para fazer isso, eu precisava de uma autorização oficial do órgão ambiental responsável pelos parques nacionais no Brasil”, contou o brasileiro, em entrevista publicada originalmente pelo site Bored Panda.

“Finalmente, no início de 2021, recebi essa autorização e comecei a colocar meu plano em prática. Passei quatro dias dentro do Parque Nacional do Iguaçu com acesso exclusivo às Cataratas à noite para mim e meus alunos. O primeiro desafio foi passear pelo parque à noite, sabendo que ali vivem várias onças-pintadas, que são frequentemente vistas por funcionários e turistas”, revelou.

Ainda de acordo com Lima, ma área mais próxima às cachoeiras principais o grande desafio era fazer imagens de longa exposição com os fortes borrifos de água dos mais de 1,5 milhão de litros por segundo que caem pelas cachoeiras. Trabalhar com tempos de exposição superiores a 10 ou 15 segundos tornou-se uma tarefa quase impossível – e a lente nunca ficava seca. Mas o esforço valeu a pena.

“Logo no outono, é possível ver Saturno e a luz zodiacal iluminando o horizonte. Mais acima, está o Núcleo da Via Láctea. Também podemos identificar algumas das principais nebulosas de emissão presentes nesta região do céu”, concluiu.

Confira as imagens premiadas aqui