Uma família de ursos-andinos foi vista passeando por Machu Picchu, no Peru. As imagens foram registradas pelos guardas florestais do Santuário Histórico de Machu Picchu no início de maio.

O chefe do Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp), Pedro Gamboa, explicou ao jornal peruano El Comercio que, ao não perceber a presença de seres humanos, os animais começaram a explorar os locais vizinhos e até atingiu várias áreas urbanas.

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“Não é que haja mais animais, mas que a presença deles seja mais visível agora, pois eles estão se aproximando de territórios onde não há pessoas. Antes não os víamos porque ocupávamos os espaços que naturalmente pertencem a eles”, explicou Gamboa.

Ursos-andinos no Santuário Histórico de Machu Picchu – Foto: Sernanp

Ernesto Escalante, chefe do Santuário Histórico de Machu Picchu, disse que o maior avistamento de ursos-andinos, a única espécie sobrevivente de urso nativa da América do Sul, é um sinal de que os outros animais também estão bem. “Esses animais informam sobre a saúde do ecossistema. Se existe presença do urso andino, é porque a floresta é saudável “, afirmou.

Os ursos-andinos estão acostumados a percorrer grandes territórios, de modo que os 37.000 hectares do santuário referido são na verdade um pequeno espaço para eles. Apesar disso, os ursos evitam o contato com pessoas, concentradas principalmente na cidadela inca.

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Além do Peru, os ursos-andinos, também conhecidos como ursos-de-óculos, são encontrados na Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) classifica esses animais como “vulneráveis”. Sua população, com uma vasta área de ocorrência, foi reduzida a cerca de 13 mil a 18 mil indivíduos, segundo a última estimativa da IUCN, publicada em 2017.

Além dos ursos, pumas e outros animais também foram observadas caminhando em comunidades próximas ao Parque Nacional de Manu, localizado no sudeste do Peru (entre as regiões de Cusco e Madre de Dios) nos últimos dias.