Faculdade de Cambridge e museu de Paris devolvem itens africanos roubados

Faculdade de Cambridge e museu de Paris devolvem itens africanos roubados
Imagem: Reprodução Twitter/Jesus College, Cambridge

Um museu de Paris e uma faculdade da Universidade de Cambridge devolveram nesta quarta (27) objetos culturais que foram roubados da África Ocidental durante a era colonial, iniciando o que posso ser uma pressão para que outras instituições façam o mesmo, e devolvam obras saqueadas.

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A Faculdade de Jesus de Cambridge devolverá uma escultura de um galo que foi levada em 1897 pelos soldados britânicos, um de centenas de Bronzes do Benin que pertenceram ao poderoso Reino do Benin, que fica onde hoje está a Nigéria. Eles são alguns dos objetos africanos de maior importância cultural.

“Esta é a coisa certa a fazer por respeito pela herança e pela história única deste artefato”, comentou Sonita Alleyne, que é Mestre da Faculdade de Jesus, em uma cerimônia de entrega do objeto a uma delegação nigeriana.

A devolução é um marco da luta de anos de países africanos para recuperarem peças pilhadas por exploradores e colonizadores ocidentais em um momento no qual inúmeras instituições europeias estão enfrentando os legados culturais do colonialismo.

A Alemanha também concordou em iniciar o processo de devolução de Bronzes do Benin expostos em seus museus no próximo ano. A universidade britânica de Aberdeen contou que devolverá uma obra da coleção de bronzes do Benin que representa a cabeça de um Oba (rei) na quinta-feira. A universidade havia adquirido a peça em um leilão em 1957.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou em 2017 aos estudantes de Burkinabe que “a herança africana não pode estar apenas em coleções privadas e museus europeus”.

Em cerimônia que terá Macron como anfitrião, o museu Quai Branly devolverá à República do Benin 26 peças que foram roubadas do Reino do Daomé em 1892, e que fazem parte de cinco mil obras solicitadas pelo país da África Ocidental.

“Realmente precisamos disto, é só o começo”, contou Eusebe Dossou, residente do Benin que visitou o museu Quai Branly. “Queremos tudo devolvido”.







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