A espeleóloga italiana Ottavia Piana, de 32 anos, explorava uma parte remota da caverna Bueno Fonteno, perto de Bérgamo, na Itália, quando uma rocha cedeu sob seus pés.
Piana despencou 5 metros, sofreu fraturas no rosto, nos joelhos e nas costelas. Ela estava com outras oito pessoas na hora do acidente.
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Os socorristas foram alertados sobre o incidente no sábado, mas apenas nesta quarta-feira (18) ela conseguiu ser retirada com sucesso da caverna.
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“A morfologia da caverna dificultou o resgate, com algumas áreas em risco de desmoronamento. Foi por isso que o acidente ocorreu, quando uma rocha cedeu sob os pés dela”, explicou Mauro Guiducci, vice-presidente do Corpo Nacional de Resgate Alpino e Espeleológico da Itália (CNSAS), em uma coletiva de imprensa.
As partes mapeadas da rede de cavernas se estendem por mais de 19 km, e as áreas não mapeadas são estreitas, sinuosas e difíceis de navegar. Foi uma jornada de quatro quilômetros por um terreno previamente inexplorado, do local do acidente de Piana até a superfície.
Os socorristas prenderam Piana a uma maca e a moveram lentamente pela rede de túneis, fazendo pausas a cada 90 minutos para avaliar sua condição.
O grupo de 159 voluntários experientes também usou pequenas cargas explosivas para liberar passagens bloqueadas. Os socorristas ainda instalaram cabos telefônicos ao longo de toda a rota para facilitar a comunicação.
Na terça-feira, os esforços foram acelerados devido à crescente preocupação com a condição de Piana. No fim, o grupo chegou ao ar fresco 12 horas antes do previsto.
“Ela está falando muito pouco, mas disse que nunca mais entrará em uma caverna”, contou um dos médicos da equipe de resgate à imprensa italiana.
Piana tem muitos anos de experiência em exploração de cavernas, mas esta é a segunda vez que ela é resgatada do sistema Bueno Fonteno. Há 17 meses, ela ficou presa por dois dias após quebrar a perna.
Federico Catania, outro membro do CNSAS, disse à imprensa italiana que Piana estava bem-preparada para a exploração.
“Nós não julgamos as pessoas que ajudamos”, afirmou ele. “Sabemos apenas que há uma pessoa em dificuldade, e intervimos. Podemos talvez julgar alguns comportamentos inexperientes, mas não foi este o caso.”