O Great Blue Hole fica na costa de Belize e não se sabe quantas pessoas morreram ao tentar explorar o buraco oceânico

Por Redação

Great Blue Hole, na costa de Belize, na América Central, é o maior buraco oceânico do mundo, medindo mais de 300 metros de largura e atinge 124 metros de profundidade. Ele se formou há milhares de anos como uma caverna de calcário. Como o nível do mar subiu no final da última era glacial, ele ficou submerso.

Na década de 1970, o lugar ficou popular pelo lendário explorador francês Jacques Cousteau, que mapeou a profundidade do buraco. E, desde então, tem sido um local famoso e desejado de mergulho.

Em 2018 começou uma nova expedição no local liderada por Richard Branson, fundador da Virgin Group e diretor da iniciativa Ocean Unite, Fabien Cousteau, oceanógrafo francês e neto do explorador Jacques Cousteu, e Erika Bergman, oceanógrafa e capitã de submarino da Aquatica Foundation, junto com uma equipe de filmagem.

Os membros da expedição desceram ao fundo do buraco para revelar o que há dentro dele. Eles conseguiram mapear a famosa caverna submarina, usando ondas acústicas. Posteriormente, com ajuda de sensores, os pesquisadores criaram o primeiro mapa 3D completo do buraco azul.

Mergulhadores perdidos

Juntamente com muitas descobertas científicas e fotografias impressionantes, a equipe também encontrou algo particularmente sinistro no fundo do buraco marinho: os corpos de mergulhadores há muito perdidos.

“A maior parte do tempo o fundo do buraco era silencioso e escuro”, disse à Newsweek Erika Bergman. “Também encontramos o local de descanso de dois mergulhadores que se perderam no buraco. Nós notificamos as autoridades, e todos concordaram em deixá-los sem serem incomodados. Eles estão em paz.”

Não se sabe quantas pessoas morreram ao tentar explorar o Great Blue Hole. No entanto, Bergman também disse ao Business Insider no mês passado que acredita-se que este dois corpos fossem de duas das três pessoas que se sabe que desapareceram no buraco. Neste momento, não está claro quem foram esses mergulhadores nem como eles morreram.

Nas profundezas

Nos pontos mais profundos do buraco, segundos os exploradores, é um ambiente inóspito. Abaixo de uma certa profundidade, aproximadamente 90 metros, há um manto de sulfeto de hidrogênio, além do qual a água é totalmente desprovida de oxigênio. O véu de sulfeto de hidrogênio em si é altamente tóxico e corrosivo. A recente expedição também notou que o leito do escoadouro marinho estava coberto por um “cemitério” de vida marinha.

Bergman também disse que havia uma enorme caverna perto do fundo do buraco. Ela disse que há evidências de que isso pode ser parte de um sistema de cavernas subaquáticas maior.

Não há planos para retornar ao Great Blue Hole com os submarinos atualmente, mas Bergman disse que outras equipes científicas podem querer voltar e examinar mais as características do Blue Hole. A equipe agora está analisando os dados coletados e procurando comparações com outros buracos marinhos.







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