Expedição na Amazônia

MUITA ÁGUA: Explorando o Rio Negro a remo (FOTO: Sitah)

TÃO INCRÍVEL QUANTO IMENSA, a Amazônia chama a atenção de todo viajante atraído pela combinação de aventura e belezas naturais. A dúvida costuma ser como explorar esse cenário vasto e fascinante. E a resposta começa pela melhor forma de se locomover por lá: navegando pelos rios. É por isso que os cruzeiros fluviais caem perfeitamente bem para quem precisa otimizar o tempo, dar uma geral na área e ainda ver-se imerso em pontos-chave do território. Esse formato de roteiro, que já foi destaque nas nossas edições especiais com dicas para viajantes, pegou embalo nos últimos anos. Para fugir das opções bissemanais em barcos maiores, com saídas frequentes de Manaus, há embarcações fretadas para menos passageiros e que também zarpam da capital, mas deixam a experiência ainda mais interessante.

Navegar pelo rio Negro é a escolha certeira. Além de espantar insetos, devido a uma série de condições específicas de suas águas, o rio representa a vastidão amazônica: são 1.700 km de extensão, com alguns trechos atingindo até 5 km de largura, de margem a margem. O Negro também é o melhor caminho para pérolas locais, como o gigantesco arquipélago de Anavilhanas, trajeto obrigatório que pode ser completado em quatro noites de viagem. Se a aventura rolar entre agosto e abril, ainda é possível curtir as praias que se formam no pedaço – no meio do ano, a probabilidade de chuva é sempre maior. A época de cheia, no entanto, permite novas explorações na base da remada em meio a igarapés.

Transportes menores como canoas e pequenos botes a motor fazem parte do arsenal para investidas nas excursões diárias. Eles navegam acoplados às embarcações de madeira, de 40 a 80 pés, aposta da Katerre, agência especializada em roteiros com esse estilo. Ainda que mantenham um visual rústico, os barcos possuem serviço de bordo e contam com conforto e tripulação especializada, de cozinheiros a guias. As viagens podem ser adaptadas a cada cliente, recebendo de 2 a 24 passageiros.

Roteiros mais completos seguem o rumo do rio Negro e alcançam locais como o Parque Nacional do Jaú. Quanto mais imerso na Amazônia, a chance de encontrar animais típicos segue uma ascendente. Pode incluir na lista tucanos, araras e gaviões, além de espécies de maior porte como ariranhas, peixes-boi, jaburus e jacarés. Uma opção selvagem é tocar para a reserva Xixuaú. A região está a cerca de 500 km de Manaus, próxima ao território indígena de Waimiri-Atroari, na divisa com Roraima. Por ali, a navegação por meio de igarapés é a pedida, o que aumenta ainda mais a chance de contato com a fauna nativa.

VAI NESSA:
Quando ir: Entre agosto e abril. Nessa época de seca, é possível explorar as praias da região
Como chegar: Embarque para Manaus (3h, de São Paulo) e zarpe de barco da capital
O que fazer: Cruzeiros privativos
Quanto custa: R$ 4.600 (roteiro de quatro dias, passando por Anavilhanas, Parque Nacional do Jaú e Reserva Xixuaú); katerre.com
Antes de ir: visitamazonastour.com







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