Novos exoesqueletos robóticos ajudam turistas a subir o Monte Tai, na China

Por Backpacker/Outside USA

exoesqueletos robóticos
Imagem: Reprodução/X/ China Xinhua News

No dia 29 de janeiro, o Taishan Cultural Tourism Group e a Kenqing Technology lançaram 10 exoesqueletos robóticos para ajudar caminhantes a enfrentar o íngreme Monte Tai, de 1.500 metros de altitude. Localizado no leste da China, o pico exige um ganho de elevação de mais de 1.200 metros ao longo de 7,2 km.

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A trilha desafiadora, considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, atrai milhares de pessoas de todo o mundo todos os anos. Além de ser uma caminhada exigente, o Monte Tai é um local sagrado de peregrinação, onde imperadores subiam para se aproximar dos deuses.

Este ano, no entanto, a experiência no Monte Tai está um pouco diferente para os caminhantes. No primeiro dia do Ano Novo Chinês, mais de 200 aventureiros aproveitaram a oportunidade de testar a caminhada assistida. Esses exoesqueletos, que funcionam como pernas robóticas, custam entre US$ 8 e US$ 11 para aluguel em um teste de uma semana. A maioria dos usuários relatou resultados positivos, dizendo que os dispositivos os fizeram se sentir mais leves e rápidos—como se alguém estivesse puxando-os morro acima. As principais críticas giraram em torno da curta duração da bateria.

Os exoesqueletos pesam cerca de 1,8 kg e se prendem ao redor dos joelhos ou da cintura para fornecer assistência sincronizada. O software de IA detecta os movimentos do usuário, acompanhando seu padrão até estabelecer um ritmo adequado para oferecer suporte à mobilidade.

Além de abrir discussões sobre o uso da IA para facilitar trilhas para caminhantes comuns, esses dispositivos também estão levantando debates sobre a acessibilidade para a crescente população idosa e para pessoas com deficiência na região.

Até 2040, quase 30% da população da China terá mais de 60 anos, o que levou desenvolvedores de tecnologia a buscar soluções para apoiar pessoas com mobilidade reduzida.

Yu Yunbo, gerente-geral da Kenqing Technology, disse ao jornal estatal Global Times que espera lançar uma versão mais leve do modelo ainda este ano. Esse novo exoesqueleto contará com tecnologia adaptativa mais avançada, capaz de prever movimentos complexos para atender caminhantes, corredores e escaladores.

Essa não é a primeira vez que a IA é usada para criar exoesqueletos para auxiliar na locomoção. No início do ano passado, a empresa de tecnologia Dnsys X1 lançou um exoesqueleto com propósito semelhante. O dispositivo, que custa US$ 1.300, promete reduzir em 30% o esforço dos músculos da coxa e também diminuir a frequência cardíaca. Embora exoesqueletos robóticos já sejam usados em ambientes médicos para auxiliar na fisioterapia, só recentemente começaram a ser disponibilizados ao público em geral.