Estudo reúne novos dados sobre colesterol e infância

Por Bianca Vilela

Foto: Shutterstock.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que mais de um quarto das crianças e adolescentes do Brasil, equivalente a 27,47%, apresenta níveis elevados de colesterol total.

Além disso, cerca de 1 em cada 5 jovens, ou 19,29%, demonstraram ter alterações no LDL, também conhecido como “colesterol ruim”. Estes dados, extraídos de uma revisão sistemática com metanálise, evidenciam preocupações com os fatores de risco para doenças cardiovasculares nessa faixa etária.

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A pesquisa incluiu dados de 47 estudos envolvendo crianças e adolescentes brasileiros com idades entre 2 e 19 anos, totalizando 62.530 voluntários de todas as regiões do país. Foram analisados 831 artigos para seleção dos estudos pertinentes ao objetivo de avaliar a prevalência de alterações lipídicas nesse grupo.

O que é colesterol?

O colesterol é uma substância gordurosa, essencial para o funcionamento adequado do organismo humano. É produzido principalmente pelo fígado e também é obtido através da alimentação, sendo encontrado em produtos de origem animal, como carnes, laticínios e ovos. O colesterol é transportado no sangue por proteínas especiais chamadas lipoproteínas.

Perigos dos níveis altos de colesterol em crianças
  • Risco de doenças cardiovasculares: Níveis elevados de colesterol desde a infância estão associados a um aumento significativo do risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como aterosclerose, hipertensão e doença cardíaca coronária mais tarde na vida.
  • Danos às artérias: O acúmulo de colesterol nas paredes das artérias pode levar à formação de placas, estreitando-as e aumentando o risco de bloqueios que podem causar ataques cardíacos e derrames.
  • Prejuízo ao desenvolvimento: Altos níveis de colesterol podem afetar negativamente o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, prejudicando seu desempenho escolar e qualidade de vida.
  • Fatores de risco para outras condições: Além das doenças cardiovasculares, o colesterol alto em crianças também pode ser um fator de risco para outras condições de saúde, como diabetes tipo 2 e obesidade.
Quais soluções para o problema?

Alimentação saudável: Promover uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, e limitar a ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol.

Atividade física regular: Incentivar a prática regular de exercícios físicos pode ajudar a controlar o peso corporal e melhorar os níveis de colesterol, além de promover a saúde cardiovascular geral.

Monitoramento médico: É importante que as crianças façam exames de saúde regulares, incluindo testes de colesterol, para identificar precocemente quaisquer problemas e intervir adequadamente.

Educação sobre hábitos saudáveis: Educar tanto os pais quanto as crianças sobre os benefícios de hábitos de vida saudáveis, incluindo alimentação balanceada e atividade física regular, é fundamental para prevenir e controlar o colesterol alto desde a infância.

BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. Na Go Outside fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial







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