No último sábado (21), escaladores faziam um protesto pacífico no Pão de Açúcar, Rio de Janeiro (RJ), quando foram surpreendidos por um funcionário da empresa privada que administra o local.
Depois de arrancar na marra a bandeira dos manifestantes, o funcionário da Companhia Caminho Aéreo do Pão de Açúcar ainda coloca em risco o grupo a cerca de 350 metros de altura.
Veja também
+ Justiça mantém embargo às obras de tirolesa no Pão de Açúcar
+ Brasil recebe etapa inédita da Copa do Mundo de Escalada em 2025
+ A iniciativa que leva crianças de baixa renda para conhecer o Brasil por meio do turismo sustentável
Como se isso não bastasse, ele disse ainda que “não seria difícil” acertar uma facada em uma das manifestantes. O vídeo foi compartilhado pela página @tamojuntoependurado no Instagram.
Assista abaixo:
Ver essa foto no Instagram
O fechamento de um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro no último sábado (21) gerou insatisfação não apenas entre os montanhistas, mas também entre os turistas que visitavam a Cidade Maravilhosa durante o Rock in Rio.
A concessionária afirmou em nota que o local estaria fechado para a realização de uma manutenção programada na linha 2 do teleférico, que faz a conexão entre o Morro da Urca e o Morro do Pão de Açúcar, mas realizou um casamento privado na mesma data.
A briga entre montanhistas e a administração da Cia Caminho Aéreo do Pão de Açúcar vem de longa data, desde que a empresa anunciou o projeto de instalação de uma mega tirolesa no local. Com 755 metros, ela ligaria o Pão de Açúcar ao Morro da Urca.
A obra foi embargada pela Justiça Federal diversas vezes no ano passado após suspeitas de perfurações irregulares na rocha, mas desde então a administração do Parque Bondinho vem tentando reverter a situação.
Ambientalistas e escaladores consideram a obra um atentado à paisagem, com potencial para causar danos à rocha e alteração nas vias de escalada utilizada há décadas por montanhistas.
Com 91,5 hectares, o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca (MoNa) também é uma área verde bastante de extrema importância para o Rio de Janeiro, com fauna e flora da Mata Atlântica preservada.