O escalador britânico Leo Houlding, 39, e sua equipe de expedição concluíram com sucesso uma nova rota de escalada em livre no Monte Roraima.
Os escaladores Leo Houlding, Anna Taylor, Waldo Etherington, Wilson Cutbirth, junto com os cinegrafistas Matt Pycroft e Dan Howardlivrar, passaram quase um mês na região na tentativa de abrir e livrar uma nova via na proa do monte.
A escalada foi a primeira expedição no Monte Roraima de uma jovem escaladora de 21 anos, Anna Taylor.
“Foi um mês selvagem com altos e baixos – tempestades loucas, aranhas, cobras, escorpiões, cachoeiras, subidas sem fim, lama, pântanos, lodo, travessias de rios, incontáveis cortes e contusões, muito sofrimento, carregamento de equipamentos e alguns momentos surpreendentes na escalada”, escreveu Anna Taylor nas redes sociais. “No total, foi a experiência mais incrível da minha vida.”
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Depois de chegarem à Guiana e organizarem o transporte dos equipamentos, que tiveram que ser lançados de paraquedas na floresta com um sistema de rastreamento para recuperá-las perto da base de Roraima, a equipe concluiu uma caminhada de 53 km pela selva intocada antes de iniciar sua tentativa de escalada.
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A parede da proa do monte, de 600 metros, possui inclinação negativa e é uma escalada complexa. O grupo levou duas semanas para fazer a escalada livre pela face da rocha.
Escalar em livre envolve subir uma rota usando apenas os recursos naturais da rocha, sem recorrer a auxílios artificiais para concluir arremessos. Os escaladores usam cordas para se proteger contra lesões, se ocorrerem quedas.
A proa do Roraima foi escalada pela primeira vez em 1973 por uma expedição britânica. Em 1991, Luis Makoto Ishibe, Hugo Armelin e Michel Bogdanowicz abriram a primeira rota brasileira. Eliseu Frechou, Marcio Bruno Oliveira e Fernando Leal também fizeram história conquistando a via Guerra de Luz e Trevas na proa em 2010. Essa aventura rendeu o documentário “Dias de Tempestade” que conta a jornada dos três escaladores. Veja aqui.
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O Monte Roraima é um Tepuy serviu de inspiração para o clássico “Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle. A monte está na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, e se eleva em meio a Amazônia a uma altura de 2.810 metros.
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A nova rota ainda não recebeu um nome, mas durante a jornada da equipe, eles a chamarem de The Anvil (A Bigorna).
Quando tinha 18 anos, Leo Houlding se tornou o primeiro britânico a escalar livremente o El Capitan, no Yosemite. O britânico começou a escalar aos 10 anos de idade.