Um novo estudo sobre envelhecimento publicado no jornal Aging mostra que o envelhecimento biológico pode ser revertido — em partes.
A pesquisa acompanhou 43 homens adultos saudáveis em Portland, no estado norte-americano de Oregon, com idades entre 50 e 72 anos. Metade deles realizou um programa de estilo de vida saudável de oito semanas, que incluía instruções sobre dieta, sono, exercícios e relaxamento, além de suplementos probióticos e fitonutrientes.
As “intervenções dietéticas e de estilo de vida” desse grupo foram bastante severas, incluindo três porções de fígado por semana, sete xícaras diárias de vegetais e nenhuma refeição a partir das 19h da noite até às 7 da manhã.
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Os pesquisadores realizaram análises de metilação (espécie de modificação) de DNA na saliva dos homens antes e depois da atualização do estilo de vida e descobriram que a idade epigenética (calculada com base em marcadores de metilação do DNA no sangue) dos homens diminuiu 3,2 anos em comparação com o outro grupo.
Vale lembrar que os homens já eram saudáveis, livres de doenças recentes ou crônicas e recrutados em locais como academias.
Os níveis de metilação do DNA se correlacionam com a mortalidade. Em outros estudos, essas idades epigenéticas, em média, predizem o tempo até a morte com mais precisão do que a idade cronológica ou os riscos do estilo de vida.
Sobre os benefícios de o envelhecimento ser revertido, a principal autora do estudo, Kara Fitzgerald, do Instituto de Medicina Funcional, comentou que “a idade avançada é o maior fator de risco para deficiência mental e física e muitas doenças não transmissíveis, incluindo câncer, neurodegeneração, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”.
Os resultados são sim animadores, mas lembre-se: o estudo foi pequeno, os participantes eram do sexo masculino e, em sua maioria, brancos. Além disso, o estudo gira em torno de uma medida singular do envelhecimento — a idade epigenética —, e não da expectativa de vida real ou prevalência de doenças.