O maratonista queniano Eliud Kipchoge segue redefinindo limites. Este domingo, 25/9, em Berlim, ele estabeleceu um novo recorde mundial para a maratona. O atleta queniano fez a prova de 42,2 quilómetros em 2h01m09s, tirando exatamente meio minuto ao recorde anterior que era seu, e assim bateu sua marca da Maratona de Berlim de 2018.
Sua primeira metade da corrida foi de ritmo atordoante: oscilando entre 2 minutos e 30 segundos e dois minutos e 55 segundos por quilômetro o queniano alcançou a marca da meia-maratona com 59 minutos e 20 segundos, três minutos abaixo do ritmo para um recorde do mundo. Na segunda metade da maratona, Kipchoge manteve ritmo estável, gerindo a “folga” estabelecida na primeira metade.
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Em 42,2 quilômetros, apenas por três vezes Kipchoge teve um ritmo por quilômetro superior a três minutos, e assim foi impossível quaisquer chances aos adversários.
Em segundo lugar ficou o queniano Mark Korir, que cruzou a chegada quase cinco minutos depois de Kipchoge, com 2h05m58s.
“Na primeira metade fomos muito rápido”, disse o atleta de 37 anos. Questionado se ainda há margem para melhorar ainda mais o recorde conquistado, Kipchoge não fugiu ao desafio: “Ainda tenho mais para dar nas pernas. Espero que o futuro seja risonho.”
Etíope Assefa vence prova no feminino
Tigist Assefa, especialista em média distância, venceu a prova feminina e foi a grande surpresa do dia, afinal, esta foi sua segunda maratona oficial. A etíope bateu o tempo de 2h15m37, e assim conquistou o terceiro lugar de terceira mulher mais rápida em uma maratona.
“A minha preparação foi muito boa, fiz o que foi preciso”, resumiu a atleta, acrescentando que o treino dos últimos meses foi dirigido exclusivamente para a Maratona de Berlim, algo que facilitou seu bom resultado.
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The Goat – Uma maratona abaixo de duas horas que “não valeu”
Vale lembrar que o queniano Eliud Kipchoge – aka THE GOAT (The Greatest Of All Times) – já correu uma maratona abaixo de duas horas, no entanto, a marca não foi validada por conta de não ter sido feita dentro das regras da Federação Internacional. Foi em um evento em 2019, o qual ele correu sem competidores e foi “ajudado” por uma série de coelhos que seguiam uma luz laser e ditavam seu ritmo. Os coelhos “apontavam” o melhor caminho no asfalto. Foi uma marca espetacular – 1h59m40 – e um feito histórico, sobre-humano (entenda aqui), no entanto, o recorde não teve homologação.