Uma manada de elefantes nascidos e criados em cativeiro em um zoológico de Kent está prestes a embarcar em um avião para viajar quase 4.500 milhas (7.000 km) até o Quênia, a fim de serem reintroduzidos e readaptados à natureza e Pa vida selvagem, em uma operação grandiosa e inédita.
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O rebanho de 13 elefantes, que inclui três filhotes, nasceu no Howletts Wild Animal Park, um zoológico particular perto de Canterbury. Apenas um dos animais não nasceu no local. A missão está sendo coordenada pela Aspinall Foundation, o Kenya Wildlife Service e com apoio do Sheldrick Wildlife Trust – todas instituições voltadas à preservação ambiental e da vida selvagem.
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Embora os preparativos para a viagem dos elefantes ainda não tenham sido confirmados, os animais provavelmente viajarão totalmente conscientes em caixas de transporte em uma grande aeronave, com a ajuda de especialistas sul-africanos em transporte de elefantes. Os animais deverão vão passar algum tempo nas caixas antes da viagem, a fim de se acostumar com os espaços e reduzir o estresse durante o voo. Eles serão monitorados continuamente por uma equipe de veterinários.
Quando chegarem ao Quênia e de volta à vida selvagem, os elefantes da savana nascidos em cativeiro serão mantidos em um recinto fechado por seis meses para que os conservacionistas possam monitorar sua reação aos diferentes climas e doenças, a fim de readaptá-los com segurança.
A Aspinall Foundation, instituição britânica sem fins lucrativos e que administra o zoológico de Kent, tem experiência em facilitar reintroduções à selva bem-sucedidas de gorilas, rinocerontes e outras espécies nascidas em cativeiro.
Damian Aspinall, presidente da entidade, disse, em entrevista ao The Guardian: “Este é um projeto incrivelmente empolgante e uma verdadeira estreia mundial. Como em qualquer projeto de conservação dessa magnitude, obviamente existem grandes riscos, mas consideramos que vale a pena trazer esses elefantes de volta à natureza, que é onde eles pertencem”, afirmou.
Angela Sheldrick, CEO da Sheldrick Trust, que trabalha exclusivamente com elefantes e rinocerontes, também comentou sobre a missão: “Já proporcionamos um futuro diferente para mais de 260 órfãos de elefantes resgatados, operando extensos projetos de proteção para garantir que eles, seus bebês nascidos na natureza e seus parentes selvagens sejam protegidos ao longo de suas vidas”, garantiu.
“Estamos ansiosos para oferecer a mesma oportunidade a esses 13 elefantes quando eles pisarem em solo africano, o lar onde eles pertencem e onde são capazes de viver selvagens e livres, como a natureza pretendeu”, completou Angela.
No início deste ano, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que compila uma “lista vermelha” regularmente atualizada de plantas e animais em risco, produziu a primeira avaliação de elefantes africanos como duas espécies, classificando tanto o elefante da floresta quanto o elefante da savana como ameaçados de extinção.