Com o avanço do desmatamento na Amazônia, o ecoturismo surge como alternativa econômica ligada à conservação
Nos últimos cinco anos, mais de 4 milhões de hectares da Amazônia foram desmatados: uma área maior que a Suíça destruída em apenas 5 anos. Pressões como agropecuária, mineração e queimadas seguem avançando sobre a floresta.
Nesse cenário, o ecoturismo surge como uma alternativa concreta, ajudando a combater a degradação ambiental e fortalecer economicamente quem vive na região. De acordo com a World Wide Fund for Nature (WWF), o turismo de base comunitária tem potencial para conservar mais de 50% da biodiversidade amazônica e proteger extensões significativas de floresta.
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Pensando nisso, convidamos nossos amigos do PlanetaEXO, plataforma especializada em ecoturismo que apresenta as belezas do Brasil para viajantes internacionais, para reunir alguns fatos que mostram como o turismo pode ajudar a manter a floresta em pé. Confira:
Atividades de baixo impacto
Em vez de reforçar grandes estruturas ou consumir recursos em excesso, o ecoturismo adota práticas de baixo impacto ambiental: uso de energia solar, reaproveitamento de água da chuva, tratamento ecológico de resíduos e incentivo à mobilidade local.
Iniciativas como o Cristalino Lodge, em Alta Floresta (MT), e o Uakari Lodge, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá (AM), são exemplos práticos desse modelo. O Cristalino protege mais de 11 mil hectares de floresta primária. Já o Uakari envolve 11 comunidades locais em sua operação. Ambas as experiências mostram que é possível receber turistas sem comprometer os ecossistemas ou aumentar a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEEs).
Turismo de base comunitária

Grande parte das experiências de ecoturismo na Amazônia é organizada em parceria com comunidades ribeirinhas e indígenas. Esse modelo, conhecido como turismo de base comunitária, garante que a renda gerada permaneça na região.
No Uakari Lodge, por exemplo, os próprios moradores atuam como guias, barqueiros, cozinheiras e gestores. Isso fortalece economias locais e reconhece saberes que muitas vezes foram negligenciados por décadas. É uma forma de tornar o turismo uma ferramenta de autonomia.
Quem visita, aprende

Mais do que paisagem, a Amazônia oferece um enorme contexto cultural. O contato com a floresta, conduzido por quem vive nela, transforma a viagem em experiência de aprendizado.
Guias locais compartilham conhecimentos sobre fauna, flora, ciclos da natureza e formas de imersão sustentável no território. Esse tipo de interação constrói consciência ambiental e aproxima o visitante das realidades da floresta. Para muitos, a experiência vai além da viagem, resultando em escolhas mais responsáveis e apoio a projetos de conservação.
Trabalho com propósito

O ecoturismo também representa trabalho enraizado no território. Guias, barqueiros, cozinheiras, artesãos e pequenos produtores encontram nesse modelo uma forma de sustento que não exige abrir mão da floresta.
Expedições embarcadas, como a do cruzeiro Zaltana, geram renda para as comunidades ribeirinhas e indígenas, contribuindo diretamente para a preservação da Amazônia. Com uma equipe local, o Zaltana oferece roteiros que promovem a interação com as comunidades, preserva a floresta e proporciona uma experiência imersiva aos passageiros.
Plataformas como o PlanetaEXO contribuem com a estruturação desse modelo ao apoiar comunidades na criação de roteiros, na divulgação de experiências sustentáveis e no fortalecimento da gestão local , sempre com foco no envolvimento direto dos moradores.
Viagens que deixam raízes

Quando bem planejado, o ecoturismo deixa benefícios duradouros. Apoia pesquisas científicas, fortalece a conservação de áreas naturais, amplia a visibilidade de territórios invisibilizados e melhora a capacidade de gestão local.
O Cristalino Lodge, por exemplo, já apoiou pesquisas que identificaram mais de 1.350 espécies de plantas, incluindo seis ainda desconhecidas pela ciência. Já o Uakari Lodge tem papel importante na preservação do uacari-branco, espécie rara da Amazônia, além de investir na capacitação dos moradores envolvidos.
Essas experiências mostram que o turismo pode, sim, ser um aliado real da conservação, quando centrado nas pessoas e nos limites do território.
Seja parte da solução

A crise ambiental da Amazônia é urgente. O ecoturismo, por si só, não resolve o problema. Mas ele aponta caminhos concretos. Ele redistribui renda, protege o território e fortalece redes locais.
Mais do que lazer, escolher viajar de forma consciente é também uma forma de lutar contra a degradação ambiental. Ao optar por roteiros que respeitam a floresta e apoiam quem vive dela, o viajante participa da construção de um outro modelo de desenvolvimento: um que entende que a floresta vale muito mais em pé do que derrubada.
Escolha viajar com propósito e apoie a preservação da Amazônia.
Sobre o PlanetaEXO
O PlanetaEXO é uma plataforma de ecoturismo dedicada a conectar viajantes do mundo inteiro a experiências sustentáveis e autênticas no Brasil. Com o compromisso de apoiar comunidades locais e proteger o meio ambiente, o PlanetaEXO promove o turismo como uma força transformadora para a conservação e o desenvolvimento sustentável. Por meio de parcerias com operadoras locais, a empresa divulga as belezas naturais do Brasil para o mundo, com foco em promover um turismo mais consciente e responsável. Saiba mais em: www.planetaexo.com