Depois de uma série de cinco acidentes fatais em 2016, o município de Chamonix voltou a permitir a prática do base jump com wingsuit na região.
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Em outubro de 2016, as autoridades locais emitiram um decreto proibindo a modalidade depois da morte do praticante Ratmir Nagimyanov na montanha Aiguille du Midi.
Conhecido como Homem-Pássaro, Ratmir pulou de uma altura de 3.842 metros e seu paraquedas não abriu. Ele acabou batendo em um prédio em Chamonix e faleceu.
Naquele ano, outros quatro base jumpers foram mortos no município que fica localizado na base do Mont Blanc, a montanha mais alta dos Alpes.
A prefeitura optou por proibir a prática até que houvesse “propostas sérias e concretas a nível de segurança”. Foram vários anos de trabalho com associações de base jump para permitir a reabertura do local.
Novos regulamentos
O novo decreto de 16 de setembro de 2021 volta a autorizar a prática de base jump mediante o cumprimento de normas rígidas.
Os praticantes terão que respeitar algumas regras, como não aproximar-se da área urbana sem ter aberto o paraquedas e nem pular perto de teleféricos.
Também está proibido pousar no fundo do vale ou saltar em julho e agosto em algumas zona do Maciço do Mont Blanc. Além disso, para evitar qualquer acidente com helicóptero, os base jumpers precisam avisar o pelotão da polícia de alta montanha e a empresa Chamonix Mont-Blanc Hélicoptères antes do salto.
O decreto também prevê uma altitude mínima, em que saltadores, equipados com wingsuit ou não, devem ter aberto seu paraquedas.
No fatídico ano de 2016, 35 pessoas morreram ao redor do mundo praticando wingsuit. Nesta modalidade, o praticante pode atingir até 200 km/h em poucos segundos durante o voo.