Uma das provas mais extremas do calendário nacional, o BikingMan Brasil começou na última segunda-feira (9) em Santo Antônio do Pinhal, no interior paulista.
A disputa consiste em pedalar 1.000 km, com 18.500 metros de altimetria, em um tempo máximo de 120 horas.
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Nesta edição, 89 homens e 10 mulheres participam da prova que, além de um teste de resistência, promete ser um divisor de águas na vida de muitos deles.
Para cruzar a linha de chegada, os atletas precisam seguir a rota definida pela organização e serem totalmente autossuficientes durante o percurso.
Ou seja, devem carregar tudo o que precisam para a jornada, incluindo alimentos, ferramentas e equipamentos de navegação.
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Partindo de Santo Antônio do Pinhal, a rota é um looping chegando até o mar em Ubatuba e Paraty, subindo a Serra de Cunha até atingir o seu ponto mais alto, no Parque Nacional do Itatiaia, a 2.400 metros de altitude.
Ao longo do percurso, os atletas não enfrentam apenas a força implacável da natureza – com sol, chuva e calor intenso – mas também encaram algumas das subidas mais duras do Brasil, como a de Paraty a Cunha, que vai de 0 a 1.600 metros de altitude.
Essa é a essência do BikingMan – mais do que vencer o cronômetro, trata-se de uma jornada de superação pessoal, onde os ciclistas testam as habilidades físicas e mentais em ambientes inóspitos.
Abaixo, separamos algumas curiosidades sobre a edição de 2024 do BikingMan Brasil.
Emoção em tempo real
Às 5 horas da matina da última segunda-feira (9), os ciclistas partiram de Santo Antônio do Pinhal para a jornada épica e solitária de 1000 km. Uma manhã quente marcou o início da prova, e os ciclistas enfrentam os primeiros 200 quilômetros sob um clima desafiador. É possível acompanhar a prova em tempo real através do link de rastreamento via satélite disponibilizado pela organização.
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Origem e filosofia
Criado pelo francês Axel Carion em 2017, o BikingMan surgiu da paixão por explorar o desconhecido e desafiar os limites do corpo humano. A ideia é proporcionar uma aventura onde os ciclistas testam suas habilidades de sobrevivência em ambientes selvagens e não apenas sua capacidade física.
Sem apoio externo
O BikingMan é uma das provas mais desafiadoras do mundo porque os ciclistas competem de forma completamente autossuficiente. Isso significa que não há equipes de apoio. Os atletas devem carregar tudo o que precisam para a jornada, incluindo alimentos, ferramentas e equipamentos de navegação.
Percurso raiz
Cada edição do BikingMan acontece em locais icônicos e remotos. No Brasil, a disputa acontece em meio às paisagens alucinantes das serras do Mar e Mantiqueira, com largada e chegada em Santo Antônio do Pinhal. Diferente das provas do calendário europeu, que são basicamente compostas por asfalto, a prova brasileira possui 30% do seu trajeto off-road, ou seja, muita terra, buraco e lama pela frente.
Sobe e sobe
A altimetria total de 18.500 metros no BikingMan Brasil é um dos principais desafios da prova, exigindo não apenas força física, mas também uma estratégia bem planejada e resistência mental. Enfrentar subidas tão íngremes e longas impõe ao ciclista a necessidade de dosar o esforço ao longo do percurso, evitando o desgaste precoce.
Crescimento global
Em poucos anos, o BikingMan se tornou uma das competições de ciclismo de ultrarresistência mais respeitadas do mundo, atraindo atletas de todos os cantos do planeta. A prova não é apenas sobre velocidade, mas também sobre estratégia, resistência e uma profunda conexão com a natureza ao redor.