Cume da Groenlândia tem chuva em vez de neve pela primeira vez desde 1950

Por Redação

Cume da Groenlândia tem chuva em vez de neve pela primeira vez desde 1950
Imagem: Shutterstock

O pico mais alto da Groenlândia registrou chuva em vez de neve pela primeira vez em 71 anos. As temperaturas no local de 3.216 metros de altura normalmente estão bem abaixo de zero, e a precipitação é um sinal forte da crise climática.

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Cientistas da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos viram chuva caindo no dia 14 de agosto, mas não tinham medidores para mensurar a queda porque a precipitação foi muito inesperada, segundo informações da CNN.

A chuva durou três dias, os quais foram excepcionalmente quentes na Groenlândia, quando as temperaturas foram 18ºC mais altas do que a média em alguns lugares. Como resultado, o derretimento foi visto na maior parte da região autônoma.

Em maio, pesquisadores relataram que uma parte significativa da camada de gelo da Groenlândia estava se aproximando de um ponto de inflexão, após o qual o derretimento acelerado se tornaria inevitável, mesmo se o aquecimento global fosse interrompido.

Ted Scambos, um cientista do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo da Universidade do Colorado, que relatou a chuva no pico, disse à CNN: “O que está acontecendo não é simplesmente uma ou duas décadas quentes em um padrão climático variável. Isso não tem precedentes. Estamos cruzando limites não vistos em milênios e, francamente, isso não vai mudar até que ajustemos o que estamos fazendo no ar.”

A Groenlândia também teve um episódio de degelo em grande escala em julho, tornando 2021 um dos quatro anos no último século a ter degelo tão generalizado. Os outros anos foram 2019, 2012 e 1995.

A causa do derretimento de julho e agosto foi a mesma – o ar quente sendo empurrado sobre a Groenlândia e mantido ali. Esses eventos de “bloqueio” não são incomuns, mas parecem estar se tornando mais graves, de acordo com os cientistas.

O gelo da Groenlândia está derretendo mais rápido do que em qualquer momento nos últimos 12.000 anos, estimam os cientistas, com a perda de gelo ocorrendo a uma taxa de cerca de 1 milhão de toneladas por minuto em 2019.







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