Conversamos com a médica Alessandra Masi, ortopedista, traumatologista do esporte e pós-graduada em fisiologia, de São Paulo, para responder algumas perguntas de nossos leitores sobre corrida e problema como enjoo e refluxo. As respostas você confere a seguir.
Quem tem refluxo sente algum reflexo disso na corrida? Existe alguma técnica ou dica para evitar?
Quando o alimento que ingerimos volta para o esôfago junto com o acido gástrico gera uma reação conhecida como azia. O refluxo acaba ocorrendo por uma falha no esfíncter cárdico. Alguns atletas podem sentir tal reação quando treinam ou participam de prova em jejum. Entretanto, cada corpo reage de um jeito. Comer certos alimentos também podem levar ao refluxo, como os que são muito calóricos ou com alto teor de gordura, pois a digestão vai estar diminuída. O ideal é preferir, antes de uma prova, alimentos que possam ser digeridos em até 2 horas, evitando açúcares, doces e massas, por exemplo.
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A corrida, em si, pode causar enjoo ou a falta de ar? Como evitar essas situações?
A náusea, seguida ou não de vômitos, é causada principalmente quando o atleta ultrapassa sua capacidade cárdiorrespiratória ou não está adequadamente preparado para aquela atividade. Pois, quando o esforço é alto, o corpo reage com um reflexo vagal levando ao enjoo, falta de ar ou até vômito. A ingestão de alimentos hipercalóricos ou com alto teor de fibras perto de provas e o estresse mental também podem gerar essa sensação. É possível evitar isso diminuindo a ansiedade através de técnicas de relaxamento ou meditação. Além disso, faça uma hidratação adequada e, no dia anterior à prova, tenha uma alimentação rica em carboidratos e com pouca proteína e gordura, que são de difícil digestão. E não ultrapasse o ritmo permitido por você mesma, principalmente em provas de longa distância.