Conheça a Food To Save e entenda como ela está lutando contra o desperdício de alimentos

Conheça a Food To Save e entenda como ela está lutando contra o desperdício de alimentos
Foto: Divulgação

Atualmente, o Brasil faz parte da lista de 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo, tendo um total de 30% de desperdício de toda comida que é produzida. Só no território brasileiro são mais de 15 milhões de toneladas de alimentos desperdiçados por ano. E foi pensando nesse cenário, que o empresário Lucas Infante criou a Food To Save, uma foodtech focada em evitar o desperdício de alimentos.

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A empresa surgiu no segundo trimestre de 2021 e desde então mais de 120 mil sacolas já foram salvas, o que equivale a 165 toneladas de alimentos bons e aptos para consumo. O modelo de negócio da foodtech funciona com sacolas surpresas, onde os usuários as resgatam através do aplicativo, escolhendo o estabelecimento de sua preferência, e recebem produtos variados, que poderiam ter sido desperdiçados.

E além de proporcionar esse momento de resgate dos alimentos, a foodtech acaba sendo uma ótima saída para os estabelecimentos que possuem um excedente de produção, ou seja, além de evitar o desperdício, os usuários também podem aproveitar para contribuir com os estabelecimentos, e conhecer um pouco melhor sobre determinado lugar, como um “teste drive”.

“Nosso objetivo é conectar os estabelecimentos do ramo alimentício com os usuários, que estão dispostos a salvar esses alimentos, com até 70% de desconto”, informa Lucas.

O CEO ainda esclarece que, apesar de todos os estabelecimentos poderem se tornar parceiros da Food To Save, eles fazem uma análise do local, para verificar se a empresa respeita as leis vigentes e se ela realmente está disposta a se engajar nessa luta tão importante para o nosso planeta.

Conheça a Food To Save e entenda como ela está lutando contra o desperdício de alimentos
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Atualmente já são mais de 500 estabelecimentos que fazem parte dessa luta junto com a foodtech, dentre eles padarias, restaurantes, confeitarias, hortifrúti, cafeterias e entre outros.

“Hoje qualquer tipo de estabelecimento do ramo alimentício está apto a aderir à plataforma, até porque não existe um mínimo de excedente, isso é imprevisível”, comenta ele. “Então se o estabelecimento tiver uma, duas, três ou cinquenta sacolas por dia, ele está apto para entrar nessa luta contra o desperdício.”

O empresário ainda comenta que a movimentação e interação orgânica dos usuários vai muito bem nas redes sociais, mas que ainda há uma relutância cultural no nosso país, tanto para empresários, quando para usuários, a respeito do desperdício de alimentos.

“A relutância não nos incomoda, porque é o nosso desafio desde o início. Nós queremos provocar essa reeducação/educação na sociedade, para um consumo mais consciente e mais humano com os alimentos”, explica.

Lucas ainda explica que, se hoje em dia temos tanto desperdício de alimentos e estamos na lista de países que mais fazem o desperdício, é por uma questão cultural, onde uma pequena parcela da sociedade possui muito na mesa, e a grande maioria possui pouco ou quase nada.

“Nós ainda praticamos o “é melhor sobrar do que faltar”, dentro de um cenário que o que mais acontece é faltar alimento na mesa de milhões de brasileiros”, alerta.

Mesmo com o fator econômico da marca falando mais alto, que possibilita que as pessoas comprem os alimentos pagando um valor mais acessível, a mensagem para um consumo consciente e de contribuição com o planeta, não passa batido.

Mas também fica claro que, apensar de projetos de iniciativas conscientes como a Food To Save, ainda há a necessidade do apoio de políticas públicas que mudem a visão e os costumes da sociedade, para que as pessoas possam olhar para esse tema com outros olhos.

A foodtech também está envolvida com ações sociais

Além dos usuários poderem salvar sacolas para consumo próprio, o aplicativo também disponibiliza sacolas para doações para pessoas em situação de vulnerabilidade. Diferente do esquema de entrega e retirada para o consumo próprio, nesta área de doação o usuário basta comprar a sacola que a própria instituição se encarrega de distribuir as refeições.

“Esse braço social da Food To Save é mais que obrigatório e faz parte do nosso movimento. Nós temos todos os meses de forma fixa ali no nosso app alguma ação social. Então sempre que um usuário faz a doação de uma sacola, nós doamos outra, ou seja, são duas sacolas doadas para pessoas de situação de rua”, explica Lucas.

Ele conta que já foram mais de 15 mil refeições distribuídas somente na capital de São Paulo, e além da ação com os alimentos, eles também apoiam ações e instituições de outras frentes, como a campanha do agasalho, por exemplo.

A proposta para o segundo semestre de 2022 é investir na vertente educacional e fomentar cada vez mais o consumo consciente para todas as idades, desde crianças e adolescentes, até adultos.

O aplicativo está disponível para iOS e Android, e também é possível ser acessado através do site.







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