Pedalar no frio: como se vestir em camadas

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Imagem Shutterstock

Sair para o treino antes de o sol nascer, enfrentar a madrugada num longa distância ou mesmo encarar um treino noturno e gelado podem exigir habilidade com as camadas. Preparamos um guia com as peças e como combiná-las, assim você não vai deixar de pedalar no frio por falta de roupa.

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Luvas de dedos longos

Vale a pena ter uma luva de verão e uma de inverno. Muito usadas no mountain bike, as luvas de dedos longos vão proteger sua mão melhor e evitar as articulações rígidas. Só quem já passou por uma descida longa num dia muito frio sabe o desespero que dá quando as articulações estão tão rígidas que fica difícil frear ou trocar de marcha. Para o nível de frio que enfrentamos no Brasil, não precisa ser uma luva especial de inverno. A vantagem é que você vai poder usar esta luva de dedos longos em pedais noturnos e no mountain bike, onde algumas trilhas exigem um pouquinho mais de proteção.

Bandana e pescocito para proteger o nariz do ar frio (Foto: Divulgação)

Pescocito, bandana ou gorro

O corpo perde frio pelas extremidades. É fundamental protegê-las. A boa e velha bandana sempre é uma boa opção para aquecer o pescoço e pode ser usada por baixo do capacete, protegendo as orelhas também. Se o frio for mais intenso, os pescocitos são uma ótima opção. São faixas em formato tubular em fleece, muitas vezes ajustáveis. Esquenta bastante e nas pausas do pedal, você pode ajustar para usar como um gorro. Um meio termo são os gorros de ciclismo, que cobrem a cabeça por baixo do capacete, mas deixam de fora orelhas e pescoço. Um cap de ciclismo (ou boné, se você não se incomodar com a viseira grande) sob o capacete cumpre muito bem a mesma função.

Camiseta dry fit de manga comprida

Se você não tem uma segunda pele ou não está tão frio assim, uma camiseta dry fit já funciona para puxar a umidade da pele, mantendo-a seca e confortável. O maior problema de pedalar no frio é quando a umidade do corpo esfria. Uma camiseta de tecido técnico como poliamida ou poliéster já ajuda a evitar este problema. Fuja do algodão, que absorve a umidade do corpo e demora para secar (isso pode causar até uma hipotermia!).

Segunda pele térmica

Se você pretende encarar pedalar no frio constantemente, vale a pena investir em uma segunda pele térmica. Existem peças de excelente qualidade, confortáveis e duráveis, que transpiram bem enquanto mantém seu corpo aquecido em temperaturas mais baixas. Se você sai muito cedo e pode voltar tarde do longão ou faz cicloviagens, vale a pena ter uma.

Manguitos

Quer versatilidade? Invista em manguitos. Mangas compradas separadas, com uma tira de silicone que ajuda a mantê-las fixadas certinho nos braços, são uma ótima opção para complementar seu uniforme de ciclismo sem precisar comprar tudo de novo. Existem modelos de tecido esportivo comum e modelos térmicos. Escolha de acordo com as temperaturas que pretende encarar (e, claro, depende de quanto você é friorento!).

O colete corta-vento da Decathlon

Colete corta-vento

Os coletes de ciclismo são de tecidos levinhos e respiráveis, capazes de oferecer uma barreira contra o vento. Eles ficam super compactos: esquentou, é só colocar dobradinho no bolso da camisa de ciclismo. Bateu aquele vento gelado direto no peito? Coloca o colete de volta. Apesar de não serem tão fáceis de achar no mercado nacional, vale muito a pena o investimento.

Jaqueta corta-vento

Para o clima brasileiro, as camadas anteriores completadas com uma jaqueta corta-vento são suficientes para praticamente todas as situações. Você pode escolher uma jaqueta corta-vento que seja também impermeável, para ter a dupla função de capa de chuva. Neste caso, o preço sobre um pouquinho, mas o equipamento se torna 2 em 1.

Legging térmica ou pernitos

Uma calça de ciclismo mais grossa tende a dar conta do nosso inverno, não havendo necessidade de peças forradas. Mas se você é friorento ou vai pegar temperaturas mais extremas, um bom reforço são leggings térmicas (aquelas usadas para trekking) ou pernitos térmicos, em conjunto com a bermuda de ciclismo que você já usa. Manter as articulações aquecidas faz toda a diferença – não deixe seus joelhos sofrerem à toa!

Meia da Selva Shop (Foto: Divulgação)

Meia de lã

Independente se você pedala de tênis ou de sapatilha, meias de lã podem ser muito eficientes para manter os pés aquecidos. Mas não estamos falando da meia tricotada pela vovô: compre um bom par de meias esportivas de lã merino (ou até sintéticas, se o orçamento estiver apertado). São meias que tem lã na trama, mas por serem feitas para esportes como montanhismo ou corrida, não tem costuras e emendas que machucam os pés. Além disso, esquentam muito sem ser super grossas. Lá fora, a opções específicas para ciclismo com um preço bacana. Mas no mercado nacional, adapte com o que encontrar.

Botinha cobre-sapatilha

Vale a pena para quem treina constantemente: o cobre-sapatilha é super útil para pedalar no frio. Feito de neoprene ou outros tecidos emborrachados, ele tem a função de corta-vento e protege da umidade de poças d’água e do próprio sereno. Dica: experimente o modelo em vista com sua sapatilha, para garantir que o ajuste fica realmente bom.