Que tomar água é importante você já sabe. Mas será que você sabe identificar a qualidade da água tratada — e quando ela pode ser prejudicial à saúde? Mineral, filtrada, gaseificada… A água que bebemos está disponível em diversos tipos. No entanto, para saber se ela é própria para consumo, alguns pontos merecem atenção.
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De acordo com o “UOL Viva Bem”, de onde são as informações, você pode posicionar um copo d’água contra a luz para certificar-se de que o líquido pode ser consumido. Para isso, verifique se ele está completamente transparente ou se há algum “corpo estranho”.
Ao portal, a engenheira química e professora do curso de engenharia química da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), Camila Fukuda Gomes Santos, explica: “Se você consegue enxergar através da água alguma turbidez que dificulte a visibilidade, pode ser que esteja havendo algum ponto de poluição e/ou ferrugem nos dutos ou encanamentos fluviais.”
Além disso, a especialista atenta para a presença de odores. Se a água apresentar cheiros como os de alvejante, mofo ou enxofre, ela não deve ser consumida — e órgãos de saúde pública devem ser contatados com urgência.
Já o cheiro de cloro pode ser uma indicação de que a água está livre de bactérias, segundo o engenheiro químico, mestre e doutor em processos químicos e bioquímicos pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e superintendente do Grupo Águas do Brasil, André Lermontov. De acordo com ele, águas canalizadas têm, obrigatoriamente, cloro desde o ponto de produção até a entrega ao consumidor.
No entanto, é necessário observar que, mesmo quando a água não apresenta nenhuma alteração significativa, ela ainda pode estar contaminada. Isso porque algumas partículas contaminantes e elementos químicos prejudiciais podem não ser vistos a olho nu. Buscando garantir a qualidade da água potável, a recomendação de André é que se higienize caixas d’água ao menos duas vezes por ano.
Preciso usar filtros de água?
Mesmo sem apresentar nenhuma alteração, a água da torneira deve ser filtrada antes de consumida. Para isso, você pode escolher seu tipo favorito de filtro de água. Os mais indicados são:
Filtro de barro
Ao portal, a engenheira de alimentos e professora dos cursos de química e engenharia química e de alimentos da PUCPR, Nelisa Sita Pires Picolotto Martim, explica que os filtros de barro utilizam câmaras de filtragem de cerâmica — chamadas de “vela” — que devem ser trocadas a cada seis meses.
Segundo Nelisa, o aparato retém até 99% de elementos como cloro, pesticidas, ferro, alumínio, chumbo e parasitas.
Filtro de carvão ativado
De acordo com a professora, os filtros de carvão ativado são “eficientes na remoção de contaminantes como pesticidas e compostos causadores de gosto e odor”. No entanto, ela pontua que, no passado, foram verificadas instabilidades que poderiam ocasionar o crescimento de bactérias e a produção de compostos com odores desagradáveis nestes filtros. Por isso, estes filtros também devem ser trocados duas vezes por ano.
Purificadores elétricos
De acordo com o portal, os purificadores elétricos contam com métodos “mais elaborados” — como a osmose reversa, na qual a água “passa sob pressão por uma membrana semipermeável, como se fosse uma peneira; a radiação ultravioleta (UV) e o ozônio (O3)”.