Começar a praticar corrida em trilha pode ser excelente para quem já é da corrida em asfalto. Entre as vantagens, estão a opção como cross-training, o empurrãozinho para mandar embora quilos extra e os treinos intensos em locais inclinados. Falamos com especialistas para esclarecer de uma vez por todas a melhor maneira de abordar essas questões da modalidade.
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Sou um corredor de asfalto mas quero tentar a corrida em trilha. Qual o primeiro passo que devo dar?
Se o atleta já é experiente no asfalto, o primeiro passo seria entender que correr em trilhas demandará outras adaptações que ele ainda não possui, já que as distâncias e os ritmos serão completamente diferentes. A sugestão é começar a treinar em terrenos levemente acidentados (trilhas de terra em parques, por exemplo) e ir aumentando a complexidade do percurso com o ganho de experiência.
> Marcos Paulo Reis, diretor-técnico da assessoria MPR
Nos dias em que eu pratico outro esporte, seria melhor não correr?
O ideal seria fazê-lo em dias intercalados, mas pode acontecer de o atleta não ter muito tempo e precisar correr de manhã e fazer o outro exercício à noite ou vice-versa. O importante é que ele não se sobrecarregue e que o exercício seja um complemento à corrida, como um trabalho de força ou alongamento. Boas opções são ioga, pilates, treino funcional ou musculação.
> Mario Sergio Andrade Silva, diretor-técnico da assessoria Run & Fun
Os meus quilinhos extra me atrapalham muito na corrida?
Podem atrapalhar no começo, mas você não deve esperar ter o corpo perfeito para começar a praticar a corrida em trilha. É claro que o início é difícil, porém quanto maior for o seu cuidado com a alimentação e seu corpo, melhor será seu desempenho na corrida. Procure um nutricionista esportivo que possa adequar sua dieta ao seu treino e suas demandas energéticas, assim você conseguirá perder gordura e manter o pique para a corrida.
> Eloísa Santana, nutricionista esportiva da Clínica Médica Paulinense
O que é mais desgastante para o músculo: corridas em subidas ou em descidas?
O gasto energético é maior nas subidas, mas as descidas trazem maior risco de lesão, pois têm característica predominantemente excêntrica, ou seja, o músculo se alonga durante a contração. Se for fazer uma prova, saiba que a chegada em descida pode ser perigosa, já que você estará extremamente fadigado e com a estrutura neuromuscular menos eficiente para absorver o impacto.
> Rodrigo Cenzi, diretor-técnico da academia Leven