Um helicóptero de resgate avistou os corpos dos cinco alpinistas russos que estavam desaparecidos desde o último sábado (6) no Dhaulagiri, no Nepal.
As vítimas são o líder da expedição, Alexander Dusheyko, além de Oleg Kruglov, Vladimir Chistikov, Mikhail Nosenko e Dmitry Shpilevoy.
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A equipe havia iniciado o ataque ao cume no sábado, mas não voltou a fazer contato. O Dhaulagiri é a sétima montanha mais alta do mundo.
Sem notícias sobre o grupo, as autoridades nepalesas agendaram uma busca aérea para esta segunda-feira (8). Durante o voo de reconhecimento, os socorristas avistaram o grupo russo a cerca de 7.100 metros de altitude.
De acordo com relatos preliminares, os alpinistas podem ter caído de uma altura aproximada de 7.600 metros, durante a longa travessia abaixo da crista do cume da montanha.
Não está claro se uma avalanche causou a queda ou se os alpinistas estavam presos à mesma corda, e um deslize teria arrastado os outros para baixo.
Um sexto alpinista, Valery Shamalo, voltou atrás em algum ponto acima do Acampamento 4 durante a tentativa de cume. Ele foi resgatado por helicóptero do Acampamento 1 e levado a um hospital em Katmandu.
Shamalo já havia perdido todos os dedos dos pés e partes dos dedos das mãos após um incidente próximo no Lhotse em 2017.
Este é o segundo ano consecutivo em que expedições russas no Dhaulagiri passam por tragédias. Em 2023, uma equipe menor tentou escalar a montanha sem oxigênio ou apoio de sherpas. A expedição terminou de forma triste quando a alpinista Nadya Oleneva morreu após uma queda.
A expedição de 2024 também era autossuficiente. Os 15 alpinistas não usaram oxigênio nem contaram com apoio de sherpas além do acampamento base. Eles estavam sozinhos na montanha.