Ciclovia do Rio Pinheiros passa a funcionar até meia-noite

Por Redação

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Erika Sallum (1976-2021), uma das grandes entusiastas da ciclovia da Marginal Pinheiros. Foto: Caio Guatelli.

Desde a última terça-feira (17) a Ciclovia Novo Rio Pinheiros, na capital paulista, passa a funcionar até a meia-noite no trecho iluminado, entre a região da Ponte Estaiada e da Ponte do Jaguaré. Com o novo horário, a entrada será permitida das 5h30 às 23 horas. A atividade deverá ser encerrada até a meia noite.

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De acordo com a STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) o novo horário é um projeto-piloto, com duração de aproximadamente 30 dias, para entender o perfil do público que pedala no período noturno e fazer as adaptações necessárias para melhor atender quem usa o espaço.

Neste período, os ciclistas que pretendem frequentar a Ciclovia após as 18h30 deverão preencher um cadastro antes do primeiro acesso, por meio do site Ciclo Amigos. Ao final do preenchimento, será gerado um cartão de acesso em arquivo PDF, que poderá ser impresso ou salvo em qualquer dispositivo móvel, e deverá ser apresentado na entrada.

Entre as 18h30 e 23h, o acesso poderá ser feito somente pela Passarela Parque do Povo, Passarela da estação Vila Olímpia e Ponte Cidade Universitária.

Das 5h30 até as 18h30, a Ciclovia pode ser acessada por sete pontos diferentes localizados na Rua Miguel Yunes, entre as estações Jurubatuba e Autódromo, Estação Jurubatuba, Passarela da estação Vila Olímpia, Estação Santo Amaro, Passarela Parque do Povo, Ponte João Dias e Ponte Cidade Universitária.

Nova iluminação 

Desde o início do mês, a Ciclovia Novo Rio Pinheiros conta com iluminação em um trecho de dez quilômetros, entre a região da Ponte Estaiada e a Ponte do Jaguaré, numa parceria feita com a iniciativa privada para melhorar as condições de segurança no período da noite.

A Enel Distribuição São Paulo e a Enel X instalaram o sistema de iluminação da Ciclovia, com 390 pontos de iluminação LED e tecnologia Smart Lighting, com gerenciamento do sistema de forma remota.

A gestão da Ciclovia foi transferida para a iniciativa privada em março de 2020. Desde então, foram feitas diversas melhorias, como recapeamento e pintura da pista, sinalização, limpeza e jardinagem. Os ciclistas ganharam pontos de apoio com banheiro e bebedouro, além de novos cafés, vending machines e até chuveiros distribuídos ao longo do percurso.

Ciclovia Jornalista Erika Sallum

Corre uma proposta para batizar a ciclovia como Ciclovia Jornalista Erika Sallum. Diretora de redação da Go Outside, ela era ciclista assídua e idealizadora de projetos para a própria Ciclovia junto à administração Farah, simbólica na ligação de extremos da cidade e como espaço de convivência de ciclistas de diversas classes sociais.

O governador João Doria foi consultado sobre a campanha de nomeação da ciclovia e respondeu por meio de nota. “A Erika Sallum sempre foi uma cicloativista de muito respeito e muito querida também. Ela, o seu marido e sua família”, disse. “Na dificuldade de nominar a nova ciclovia do Rio Pinheiros, eu pedi ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que avaliasse a possibilidade de nominar a ciclovia Faria Lima —que é uma das mais nobres e mais importantes da cidade— com o nome da Erika Sallum”, completou.

Com 21,5 quilômetros de extensão em uma área pertencente à CPTM, ao longo da Linha 9-Esmeralda e às margens do Rio Pinheiros, a ciclovia atrai cerca de 100 mil ciclistas por mês, segundo a STM. O Governo do Estado de São Paulo transferiu a gestão da área para a iniciativa privada em março de 2020, por meio da Farah Service.