Um “ciclone bomba” (ou ciclone extratropical) causou estragos na segunda-feira no Sul do país. O fenômeno pode chegar hoje a cidades do litoral de São Paulo, na Baixada Santista, na forma de rajadas intensas, e também é chamado de “ciclogênese explosiva”.
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Ao menos quatro pessoas morreram ontem por conta do ciclone. Três óbitos ocorreram em Santa Catarina, e um quarto, no Rio Grande Sul. O fenômeno causa chuvas torrenciais, queda drástica nas temperaturas e ventos de mais de 100 km/h. Segundo informações da Defesa Civil de Santa Catarina, os ventos chegaram a 120 km/h.
A força é tão grande que foram registradas quedas de árvores e postes e destelhamentos de casas. O grau da tempestade também pode provocar queda de energia, como ocorreu nesta terça-feira em algumas localidades, que chegou a deixar mais de 1 milhão de residências sem luz.
Ciclone-bomba: picos curtos e arrasadores
Entre quarta- feira (1º) e quinta (2), a frente fria pode chegar a Baixada, ainda que com chuvas e ventos menos intensos. O ciclone bomba é formado em águas frias, sendo extratropical. As rajadas de ventos podem chegar a 150 km/h. É um fenômeno similar ao furacão. A diferença é que o furacão se forma em águas quentes e com ventos mais fracos, que chegam a 115km/h.
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Outra diferença é que os ciclones são mais intermitentes. As rajadas vem fortes e param. O furacão fica por horas ou dias. Efeitos na intensidade dos ventos já foram registrados na baixada santista de São Paulo, com rajadas com máxima de 55 km/h, na região entre o Marapé e a Vila Belmiro, em Santos.
A Marinha, desde domingo, tem enviado alertas de mau tempo para os litorais Sul e Sudeste, com possibilidade de ondas de até 11 metros. Em Peruíbe, no litoral de São Paulo, duas lanchas e sete barcos afundaram na noite de ontem devido à passagem de um ciclone extratropical intenso pela região.
A partir de quarta-feira (1º), a instabilidade da frente fria associada a esse ciclone pode causar pancadas de chuvas e temperaturas mais amenas, com máximas entre 26ºC e 27ºC. Depois, a partir de quinta, uma frente fria dará lugar a massa de ar polar, com uma forte baixa na temperatura. Há chances até mesmo de neve nos Campos de Cima da Serra e no Planalto Sul Catarinense.