Casa de 1 euro: elas voltaram, agora em Castropignano

Por Redação

casa de 1 euro
Castropignano, em Molise

Toda vez que alguma cidade italiana anuncia a “promoção” das casas de 1 euro, a notícia viraliza. Já sabemos que não é pegadinha: realmente é quase uma doação do governo. Mas é preciso ter dinheiro para as taxas de compra e para investir em uma reforma. A casa de  1 euro da vez é no sul de Molise, no comune de Castropignano.

A vilinha tem no topo um castelo medieval em ruínas e fica 220 km a sudeste de Roma. Castropignano segue os passos de Salemi na Sicília e Santo Stefano di Sessanio em Abruzzo, que lançaram iniciativas similares mês passado.

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A grande diferença é que o prefeito Nicola Scapillati quer encontrar a casa certa para as partes interessadas. São cerca de 100 prédios abandonados. Quando acha o comprador perfeito, a cidade vai atrás de um imóvel que atenda os requisitos. O próprio Scapillati está cuidando disso, na verdade. Ele quer saber os planos: se o novo proprietário pretende fazer uma uma casa, um B&B, uma loja ou uma loja de artesanato. A ideia é justamente não ter pegadinha: a pessoa precisa saber exatamente onde está se metendo.

Os compradores devem reformar a Casa de 1 euro no prazo de três anos a partir da compra e pagar uma garantia de € 2.000 (cerca de R$ 12.500), que será devolvida assim que as obras forem concluídas. A estimativa é que as reformas custem entre 30 e 40 mil euros.

Pelo fato das casas estarem abandonadas, as autoridades disseram aos donos delas que, se eles não as reformassem, a cidade se apropriaria delas por razões de segurança. Como custa mais caro demolir do que entregá-las, muita gente aderiu ao programa. Já existem dezenas de interessados.

Castropignano tem apenas um restaurante, um bar, uma farmácia e algumas pousadas, mas está cercada de natureza, vistas maravilhosas e boa comida. A cidade têm 900 residentes, contra 2.500 na década de 1930. Após a Segunda Guerra Mundial, famílias emigraram em busca de um futuro melhor; então, a partir da década de 1960, os jovens começaram a se mudar para cidades maiores para estudar e encontrar trabalho. Hoje, 60% dos moradores têm mais de 70 anos.

Ela fica bem nas montanhas centrais dos Apeninos da Itália e no vale abaixo da aldeia, há antigas vilas romanas em ruínas e um enorme monumento de pedra pré-romano. Por ser pouco turística, essa região de Molise é uma joia escondida. Várias das casas têm vista panorâmica do translúcido rio Biferno que atravessa o vale.

A cidade é cercada de antigas trilhas de pastores, que ainda são usadas tanto para mover ovelhas e vacas, bem como passeios de bicicleta, caminhadas e passeios a cavalo. O acesso também é fácil para as praias da costa do Adriático, bem como das montanhas cobertas de neve da estação de esqui Campitello Maltese. As balsas para as intocadas ilhas Tremiti – um ponto de encontro dos turistas italianos – partem de Termoli, a uma hora de carro. E aí, que tal uma casa de 1 euro nesse lugar?

 







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