Capivara ataca homem em Brasília, no Lago Paranoá

capivara
Foto: Fernando Soaris

Um morador de Brasília foi atacado por uma capivara quando estava se exercitando no domingo (21) dentro do Lago Paranoá. Fernando Soaris foi mordido nas pernas e nas mãos. Ao todo, ele precisou levar quase 40 pontos.

O empresário Fernando Soaris conta que se exercitava dentro da água, perto da margem do lago, em um condomínio, quando foi atacado. A área é frequentada por moradores e pessoas que praticam exercícios.

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“Estava dentro d’água fazendo exercício e, do nada, ela mordeu minha panturrilha. Não pisei nela nem nada”, diz Soaris. A capivara continuou atacando-o, a ponto de quase arrancar o dedo dele fora. Ele só conseguiu se livrar do animal empurrando-o para trás.

Tudo foi muito rápido. “Eu faço exercícios todos os dias ali. É onde todo mundo desce com canoa, caiaque, onde as crianças tomam banho. É algo que me surpreendeu. Não imaginava que uma capivara pudesse atacar alguém como ela me atacou”.

No geral, capivaras são animais muito tranquilos e não atacam. É possível que fosse uma fêmea assustada, tentando proteger seus filhotes, ou um macho estressado com brigas de território. Outra questão é que, sem predadores naturais, as capivaras se multiplicam descontroladamente, o que pode causar superpopulação e com isso animais estressados.

Depois do ataque, o empresário Fernando Soaris foi atendido em um hospital particular do Lago Sul e orientado a tomar vacina antitetânica, antirrábica e soro antirrábico, pra evitar infecções. Até conseguir tomar a vacina antirrábica, ele teve que passar por quatro hospitais da rede pública: Hospital do Guará, de Taguatinga, Instituto Hospital de Base e, por fim, Hospital Regional da Asa Norte. Falta ainda tomar o soro antirrábico.

O próprio condomínio Life Resort questionou por meio de ofício a Secretaria de Meio Ambiente questionando sobre a quantidade de capivaras no gramado da orla do condomínio, principalmente no período da noite. Grupos de 50 a 100 capivaras têm se formado ali e assustado os moradores. A capivara é um dos hospedeiros primários do carrapato-estrela, que pode transmitir a Febre Maculosa, doença que causa febre alta, diarreia, vômito, perda de apetite e aumento do tamanho do baço, entre outros sintomas, e que pode levar a morte.

A Secretaria de Meio Ambiente deve realizar um estudo em conjunto com Universidade Católica de Brasília e a Universidade de Brasília. “Para sua execução dependemos do retorno das atividades presenciais, inclusive do plano funcionamento dos laboratórios de pesquisa, o que foi prejudicado pela pandemia, como é de notório conhecimento de todos”, diz a pasta.

 

 







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