Brasil termina Paralimpíadas no Top 5 pela primeira vez na história

Por Redação

Fernando Rufino comemora o ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Foto: Marcello Zambrana/CPB.

As Paralimpíadas de Paris 2024 chegaram ao fim no último domingo (8) com um recorde para o Brasil: o Top 5 no quadro de medalhas, com 89 pódios ao todo. Essa é a melhor colocação do país na história dos Jogos.

Foram 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes conquistados pela delegação brasileira. A China foi a primeira do quadro de medalhas, seguida pela Grã-Bretanha (2º), EUA  (3º) e Holanda (4º).

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O Brasil tinha conquistado a sua melhor campanha na história na Paralimpíada de Tóquio, com 22 ouros e 72 pódios, na sétima colocação no quadro de medalhas.

Além disso, o Brasil superou o número de medalhas de ouro conquistadas em uma única edição, com 25. A soma total de pódios do país em Jogos Paralímpicos agora é de 459, sendo 132 ouros, 157 pratas e 170 bronzes.

Na cerimônia de encerramento, o presidente do Comitê Organizador, o tricampeão olímpico da canoagem, Tony Estanguet, enalteceu a “revolução paralímpica” protagonizada pelos esportistas e citou, nominalmente, o nadador brasileiro Gabrielzinho Araújo, dono de três medalhas de ouro em Paris.

“Vocês mudaram a forma como o mundo enxerga o esporte e como veem as deficiências. Vocês iniciaram a revolução paralímpica. (…) Muito se falou das fantásticas arenas de Paris 2024. Foi uma loucura. Mas o mais importante foram as pessoas, sem elas, os locais não passariam de arenas vazias”, disse.

“Quando Aurélie Aubert conquistou o ouro na bocha, choramos com ela. Ontem (sábado), quando Frédéric Villeroux marcou o gol decisivo da França no futebol de cegos, fomos ao paraíso. (…) Quando Gabrielzinho, o brasileiro, conquistou três medalhas diante de uma torcida incendiada, mudou nossa visão sobre as diferenças. Transmitiu uma mensagem muito importante: o esporte é para vocês”, declarou Estanguet, pedindo aplausos aos voluntários envolvidos nos Jogos de Paris 2024, antes de passa a palavra ao brasileiro Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI).

O atletismo foi a modalidade que mais rendeu medalhas para o Brasil: ao todo foram 36. Já a natação, trouxe 26 medalhas.

O “gás” final no quadro de medalhas foi o judô, que nos últimos dias trouxe 4 ouros e botou o Brasil no quinto lugar.