O vencedor da etapa 3, Biniam Girmay, triunfou novamente na 8ª etapa do Tour de France neste sábado (6), mostrando-se o melhor em um sprint em subida até a linha de chegada em Colombey-Les-Deux-Églises.
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O ciclista da Intermarché-Wanty superou o vencedor da camisa verde do ano passado, Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck), em uma corrida de arrasto até a linha de chegada, ficando ligeiramente atrás no início do sprint, mas gradualmente puxando para a frente e triunfando por meia bicicleta de diferença.
O campeão belga Arnaud de Lie (Lotto Dstny) estava se movendo rapidamente, mas ficou bloqueado entre os dois ciclistas e não teve para onde ir.
“É inacreditável. Ganhar duas vezes… não sei, o que posso dizer? Só quero agradecer a Deus por tudo”, disse Girmay logo após a chegada.
“Acho que esta vitória eu preciso dedicar à minha mãe, ao meu pai. Eles acreditaram em mim. Eles me deram todo o apoio para me tornar um ciclista, para me tornar um profissional. Só quero agradecer muito à minha família, estou muito orgulhoso.”
A vitória apertou o domínio de Girmay sobre a camisa verde e marcou a segunda vitória de um ciclista africano negro na história do Tour de France.
Girmay é um ciclista mais leve do que muitos dos outros sprinters e concordou com a sugestão de que o final foi perfeito para ele.
“É por isso que ganhei”, disse ele com um sorriso. “Eu prefiro este tipo de sprint porque, se for realmente plano, os outros caras são maiores do que eu e mais pesados, então eles podem gerar mais watts e ir mais rápido. Mas este final para mim, com o meu peso, é super legal.”
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— Tour de France™ (@LeTour) July 6, 2024
O líder da corrida, Tadej Pogačar (UAE Team Emirates), manteve-se afastado de problemas, estando perto da frente desde o início, quando várias movimentações foram feitas para tentar alcançar a fuga inicial. Ele permaneceu seguro durante toda a etapa e terminou em 13º, três lugares atrás de seu rival mais próximo, Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).
Pogačar permanece 33 segundos à frente dele na classificação geral, rumo à etapa do setor de gravel de domingo.
“Estou feliz com a forma como a equipe está”, disse ele. “Amanhã será um dia estressante, nervoso, e precisaremos estar concentrados do início ao fim. Veremos o que acontece amanhã.
“Fiz o reconhecimento, como em qualquer outra etapa de gravel”, disse ele com uma risada. “Amanhã talvez o vento ou a chuva possam ser um fator, veremos como será.”
Longa fuga solitária amplia liderança nas montanhas, mas é alcançada
A Etapa 8 do Tour de France foi um percurso acidentado de 183,4 km de Semur-en-Auxois a Colombey-Les-Deux-Églises. Contou com cinco subidas categorizadas, mas também muitas outras colinas que não receberam designação oficial e contribuíram para um ganho de elevação de 2.300 metros. Houve também uma leve subida até a linha de chegada.
Um sprint em grupo era previsto, mas uma fuga também tinha chance. Uma escapada de três homens se destacou desde o início, com o líder do KOM Jonas Abrahamsen (Uno-X Mobility) combinando com a dupla da EF Education-EasyPost, Neilson Powless e Stefan Bissegger.
Eles ganharam uma vantagem de mais de dois minutos, com outra dupla da EF Education-EasyPost, Ben Healy e Alberto Bettiol, e Steve Williams (Israel Premier Tech) tentando, sem sucesso, se juntar a eles. Abrahamsen estava voando e deixou Powless e Bisseger para trás com aproximadamente 30 km percorridos.
Ele acumulou mais pontos de montanha à medida que sua liderança aumentou para mais de seis minutos, mas as equipes de sprinters gradualmente começaram a apertar o ritmo e reduziram sua vantagem para meio minuto a 17,2 km do final. Ele foi eventualmente alcançado pouco antes dos 15 km restantes.
As equipes de sprinters continuaram a forçar, com equipes de GC como a Ineos Grenadiers também se misturando. A equipe Decathlon Ag2r La Mondiale de Sam Bennett liderou o pelotão até o quilômetro final, mas ele se desgastou no último quilômetro.
A equipe Intermarché-Wanty de Girmay assumiu a liderança e o eritreu então lançou um impressionante sprint, superando Philipsen na subida até a linha de chegada e conquistando outra vitória espetacular.
A vitória elevou seu total de pontos para 216, muito mais do que o vencedor do ano passado, Philipsen, que está com 128.
“Estava muito orgulhoso de vencer com a camisa verde”, disse ele. “Acho que isso não aconteceu muitas vezes. Para mim, meu plano era primeiro ganhar uma etapa do Tour de France e depois vestir a camisa.
“Vencer e ganhar mais pontos é absolutamente perfeito.” Ele se descreveu como “super feliz” e disse que já atingiu seus objetivos. “Acho que agora está quase feito”, disse ele. “Se eu continuar até Nice, mesmo sem nenhuma vitória, estarei muito feliz.”
No entanto, não espere que ele relaxe. Ele tem a velocidade e o impulso para ganhar mais etapas, e defender a maillot vert é cada vez mais importante e cada vez mais possível.