Beto Pandiani conclui a travessia da passagem do Noroeste

Beto Pandiani conclui a travessia da passagem do Noroeste
Foto: Divulgação

O velejador Beto Pandiani, ao lado de Igor Belly, acaba de cumprir a primeira etapa do Projeto Rota Polar. Lançado em 9 de março no Brasil, com velejada história pelo Rio Pinheiros, em São Paulo, a travessia pela lendária Passagem Noroeste começou em Tuktoyaktur, Canadá, no dia 19 de julho, com velejada em direção a Kaktovik, no Alasca.

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Foram dias de ventos e mar instáveis, muito frio, encontros felizes com velejadores brasileiros, visita de baleias e paisagens deslumbrantes.

No domingo, dia 4 de setembro, a visão de Artic Bay, povoado localizado em Nunavut, no Canadá, onde a 8ª travessia de Beto Pandiani por oceanos, sempre em barcos sem motor, alcançou a chegada.

“Eram 3 horas da manhã e estávamos a apenas 6.4 milhas de Artic Bay. A viagem estava concluída. Jogamos a âncora e o Igloo se aquietou. Demos um grande abraço e rimos. Falamos que a natureza havia nos testado ao extremo nos últimos dias e que de certa forma era possível que alguém queria saber o quanto queríamos chegar. Passado umas três horas decidimos sair para Artic Bay e colocar um ponto final nesta linda história que temos. Nestes últimos minutos de velejada me emocionei bastante e o Igor e eu demos um novo abraço, um abraço de agradecimento mútuo pela nossa linda parceria. Não sabemos quando vamos velejar novamente, mas sei que em breve vamos sentir falta da nossa pequena rotina a bordo do Igloo”, contou Beto Pandiani em seu Diário de Bordo.

Beto Pandiani conclui a travessia da passagem do Noroeste
Beto Pandiani e Igor Bely no final da travessia. Foto: Divulgação

Fechada pelo gelo nos últimos séculos, a Calota Polar vem recuando, intensificando o tráfego marítimo e movimentando também o tabuleiro das potências que tem seu litoral banhado pelo Oceano Ártico e acelerando disputas geopolíticas.

O Projeto Rota Polar continua agora com a edição do material captado durante a viagem, que irá gerar um documentário, elaboração de artigos e publicação de um livro que retratarão o impacto ambiental, social, econômico e cultural do rápido desgelo do Ártico.

“Espero chamar atenção para a urgente busca por alternativas sustentáveis para a nossa sobrevivência”, fala Beto Pandiani sobre o legado do Projeto Rota Polar.







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