A Liga Mundial de Surf (WSL) e o Guinness World Records reconheceram a australiana Laura Enever como a nova detentora do recorde de maior onda já surfada na remada por uma mulher.
A WSL mediu em 13,3 metros a bomba que australiana pegou somente com a força dos braços, sem auxílio do jet-ski, em um outer reef localizado na costa norte da ilha de Oahu, no Havaí.
A onda foi surfada no dia 22 de janeiro deste ano e superou por apenas 1 pé (cerca de 30 centímetros), o recorde anterior, que pertencia à brasileira Andrea Moller na ilha de Maui, também no Havaí.
“Eu sabia que a onda era muito grande logo que remei e dropei. Quando olhei para baixo, já vi que era definitivamente a maior onda que eu já peguei na vida”, relembra Laura Enever.
“Foi incrível como tudo aconteceu e a maneira como eu me comprometi, dizendo a mim mesma para seguir e confiar que conseguiria surfar a onda toda. Foi um momento realmente especial e monumental na minha carreira. Ser premiada meses depois por esse feito, é muito legal e eu nem consigo acreditar”.
Laura Enever recebeu o certificado do Guinness World Records em sua cidade natal, Narrabeen, em New South Wales, Austrália, onde comemorou a conquista com a família e amigos.
“Eu jamais estaria nesta posição agora, se não fossem todos os surfistas de ondas grandes que vieram antes de mim e abriram o caminho, especialmente as mulheres realmente corajosas que sempre me inspiraram e me fizeram sentir que eu também poderia ter uma chance”, continuou Enever.
“Então, obrigado a todas as mulheres incríveis e estou muito feliz. A Andrea Moller detinha esse recorde e é uma honra conseguir superar sua marca e continuar evoluindo o surfe de ondas gigantes. E eu sei que a próxima geração de surfistas de ondas grandes, tentarão fazer o mesmo”.
SOBRE O PROCESSO DE MEDIÇÃO
A equipe científica da WSL, liderada por Michal Pieszk, engenheiro sênior de pesquisa e desenvolvimento da Kelly Slater Wave Company (KSWC), colaborou na análise das maiores ondas surfadas na categoria “remada”.
A equipe utiliza uma série de técnicas de medição de ondas usando imagens de vídeo, informações detalhadas sobre o local, bem como a localização dos cinegrafistas e da onda, para determinar a altura.
“Vários “frames” do vídeo foram extraídos e analisados geometricamente, com base nas posições e ângulos da câmera. Utilizando objetos conhecidos, como jet-skis e medidas reais da geometria corporal da Laura Enever, foi possível calibrar as imagens para conversão de pixels em pés”, destacou a entidade.