Fotógrafo registra nova geração de ararajubas que será introduzida na floresta amazônica

ararajubas
Foto: Mário Barila

Durante uma visita ao Pará, onde participou de uma ação de plantio de mudas de sumaúmas produzidas a partir da árvore que viveu por mais de 200 anos junto à Basílica da Nossa Senhora de Nazaré, o fotógrafo e ambientalista Mário Barila registrou as imagens de famílias de Ararajuba, ave típica da floresta amazônica brasileira com plumagem verde-amarela, que chegou a ser considerada extinta das matas paraense.

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A ararajuba tem um papel importante na dispersão de sementes, especialmente de açaí e outras 20 árvores frutíferas da Amazônia. No entanto, a sua população continua em declínio, devido à destruição do habitat natural, caça e comércio ilegais. Estima-se que existam atualmente cerca 3 mil espécies espalhadas por Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso.

As fotos de Barila trazem as espécies reproduzidas em cativeiro pelo Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas, coordenado pelo biólogo Marcelo Vilarta, no viveiro do Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor-Bio). O projeto, que também conta ainda com apoio da Fundação Lymington, já reintroduziu no Parque Estadual Camilo Vianna, em Utinga (PA), cerca de 50 aves.

De acordo com Mário Barila, as melhores fotos do plantio de sumaúmas e das ararajubas serão publicadas no seu livro de fotografias sobre a Amazônia. A obra faz parte do Projeto Brasil Vivo, que contará ainda com palestras em São Paulo e no Amazonas sobre a importância da preservação da maior floresta tropical do planeta, além de exposição fotográfica de Barila em São Paulo e em Belém (PA).

O projeto, aprovado pelo Programa Nacional de Incentivo à Cultura, está em fase de captação de recursos e aberto para parcerias e contribuições.