No Red Bull Rampage, o evento de mountain bike freeride mais famoso do planeta, pilotos e equipes constroem suas próprias pistas, caminhando pela linha tênue entre o que seria um salto mortal e a morte de fato
Há mais de 250 milhões de anos, no período Triássico, o que hoje é o oeste de Utah (EUA) era uma ampla planície costeira do supercontinente Pangeia. A Formação Moenkopi, como é conhecida, viu camadas sedimentares equivalentes a cinco milhões de anos – gesso, siltito, argilito – despejadas nas planícies pelos oceanos e rios.
Quase 200 milhões de anos depois, a elevação sísmica gradual do Planalto do Colorado produziu uma topografia acidentada, esculpida ao longo do tempo pelo vento e pela água em uma coleção escarpada de colinas, desfiladeiros e planaltos. Hoje, essa antiga sedimentação, erguida e exposta ao ar, é visível na forma de impressionantes faixas multicoloridas.
Veja também
+ Alpine Connections: o maior desafio da carreira de Kilian Jornet
+ O que torna a UTMB tão desafiadora? Depende para quem você pergunta
+ Rocky Spirit 2024: 5 filmes de montanhismo em destaque no festival
Uma dessas formações geológicas, conhecida como Gooseberry Mesa, ao sul de Virgin, Utah, é um enorme morro de topo plano com imponentes 1.580 metros de elevação, muito apreciado pelos mountain bikers por sua superfície rochosa semelhante à lunar. Continuando o Gooseberry, como uma cauda de jacaré, segue uma aresta longa, estreita e irregular, que perdeu sua proteção rochosa. Na lenta marcha do tempo geológico, ela segue desmoronando.
NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, esta cordilheira tem sido o lar do Red Bull Rampage, o evento de mountain bike freeride mais famoso – alguns podem dizer infame – do mundo, que a cada ano gera uma torrente de imagens de cair o queixo, transmitidas ao vivo para centenas de milhares de pessoas, junto com postagens tensas nas redes sociais, onde fãs e especialistas questionam se este seria o ano em que o evento teria ido longe demais.
Tal como o seu homólogo no snowboard, o freeriding começou como uma atividade independente, com ciclistas do início dos anos noventa tentando pedalar o aparentemente impossível. “A gente descia na formação mais natural possível”, diz Brett Tippie, ex-profissional que ajudou a criar o esporte em Kamloops, na Colúmbia Britânica. “Tirávamos algumas pedras do caminho, mas era basicamente uma montanha crua.”
O primeiro Rampage, em 2001, tinha o mesmo espírito faça-você-mesmo, mas com o tempo as linhas tornaram-se mais elaboradas, as descidas mais fluidas e cheias de manobras, os saltos maiores e as apostas mais altas. Até o momento, ninguém morreu no Rampage, mas ferimentos graves não são incomuns – em 2015, um acidente deixou o piloto Paul Basagoitia paralisado.
O objetivo do Rampage é descer de uma plataforma de madeira logo abaixo de Gooseberry Mesa até o pórtico de chegada, quase 200 metros abaixo, em menos de três minutos. Os ciclistas têm duas chances. Ao longo do caminho, navegando naquela antiga geologia sedimentar, eles realizam uma série de truques, de Supermans aos suicidas no-handers, no-foots, nac-nacs, tailwhips e front flips. Cada descida recebe pontos de acordo com a dificuldade da linha, controle e fluidez, ar e amplitude, e estilo.
O que torna o Rampage único no mundo dos esportes de ação – todos os esportes, na verdade – é que, em vez de fazer um percurso definido, cada participante, ajudado por sua própria equipe de escavação de duas pessoas, constrói sua linha: uma sucessão aterrorizante de rampas, saltos, degraus, canaletas em cânions e patamares, moldados em uma paisagem tão desafiadora que não é incomum ver construtores pendurados em cordas de segurança. Os trechos mais tranquilos das pistas do Rampage entrariam na categoria dos mais difíceis em qualquer bike park (alguns pilotos do Rampage, por exemplo, treinaram em uma linha local notória e semi secreta chamada King Kong, considerada tão perigosa que é omitida na maioria dos mapas de trilhas.)
“Brendan não vai mandar um cash roll ou bar spin”, diz Olly Wilkins. “Você tem que mostrar no que o piloto é bom – e eu diria que ele é um dos melhores do mundo nas descidas mais apavorantes.”
“Normalmente, você chega a um evento e está tudo pronto; você só precisa treinar”, diz Louis Reboul, um francês que trabalha na equipe de escavação do profissional belga Thomas “Tommy G” Genon. “Você vem aqui, tem que competir, mas também tem que passar quatro dias escavando sua linha, o que é bem cansativo”. Imagine um evento da PGA em que os jogadores de golfe cuidam dos fairways, enchem os lagos e instalam bunkers antes de jogar no campo – com a diferença de que você está escalando uma montanha para quebrar pedras no calor do deserto, construindo pistas que têm uma chance nada pequena de te fazer parar no hospital .
O Rampage começa com um “dia de escopo” inicial sem ferramentas – reconhecimento de percurso durante o qual os pilotos planejam suas descidas, com base em um cálculo altamente individual de estilo de pilotagem (por exemplo, manobras fluidas versus grandes voos) e apetite por risco (alguns que estão voltando de lesões optam por uma abordagem mais conservadora). “Eu queria um pouco da sensação de uma grande montanha”, disse Talus Turk, piloto novato que mora em Virgin, “mas depois adicionar um pouco de ritmo e flow”. Ele foi atraído pela linha construída por Ethan Nell no Rampage do ano passado, e Turk estava até usando a ajuda de um construtor da equipe de Nell, Ryan McNulty. Embora a linha tivesse um bom “esqueleto”, Turk e sua equipe fizeram alguns ajustes. “Não havia muita coisa na aresta, então adicionamos dois saltos.”
As equipes têm quatro dias para construir suas linhas, utilizando ferramentas manuais como pás, picaretas e ancinhos. Eles também recebem 75 sacos de areia, geralmente usados como base para saltos e aterrissagens, intercalados com pedaços planos de xisto que os escavadores, chamados de diggers (em português “díguers”) chamam de dinner plates [pratos de jantar]. Em Rampages anteriores usava-se ferramentas elétricas e equipes de tamanho ilimitado; mas as restrições atuais foram implementadas em 2015 e 2016 para reduzir o impacto ambiental e criar condições de concorrência equitativas (como um piloto brincou comigo sobre observar outro trabalhando: “Eu olhei e ele tinha uns 11 caras, geradores, luzes, ferramentas elétricas – eu não estava nessa categoria”). Nos anos anteriores, os trabalhadores contratados pela Red Bull construíram grandes elementos de madeira, que foram retirados em busca de uma sensação mais natural.
Após os quatro dias de construção e um dia de descanso obrigatório, os pilotos passam mais quatro praticando suas linhas, embora na realidade ainda estejam construindo – até mesmo na manhã da competição. A maior mudança na vida dos construtores, como me sugere Darren “the Claw” Berrecloth – competidor veterano do início dos anos 2000 e jurado no evento deste ano – enquanto caminhamos pelo percurso, não são as ferramentas nem o tamanho da equipe mas água. “Isso realmente mudou o jogo”, declara.
Anteriormente, a água utilizada como aglutinante tinha que ser transportada em galões carregados em quadriciclos, limitando seu uso. Há alguns anos, porém, uma fonte foi descoberta em Gooseberry Mesa, e agora ela flui através de um sistema de mangueiras. “Mudou o que podemos criar, o que podemos montar”, diz Berrecloth. Dylan Coburn, digger da equipe de D. J. Brandt, piloto de Denver, diz que a água também tornou as coisas um pouco mais seguras para os competidores. “Os pilotos aterrissavam e eram arremessados para cima, porque a pista era macia”, conta Dylan. “É um recurso de segurança adicional, com certeza.”
Percorrendo os caminhos estreitos e sinuosos do percurso, olhando para dezenas de homens sem camisa catando pedras, socando patamares ou fazendo rapel em rampas íngremes, envoltos em uma nuvem quase constante de poeira, não consigo deixar de pensar nas cenas das minas de ouro brasileiras da Serra Pelada, registradas no filme de 1988 de Godfrey Reggio, Powaqqatsi. Olhe bem atentamente e verá: as paredes de terra, as rampas cuidadosamente construídas em forma de montículos e os caminhos tortuosos e em queda livre podem parecer as ruínas de alguma cidade antiga, nas profundezas das terras áridas de Utah, cuja prosperidade depende de conseguir chegar do topo da montanha até o chão o mais rápido possível.
Nos dias que antecederam o evento, eu ouvia as pessoas falarem do Battleship – platô no topo da cordilheira, separado da rocha circundante por um pequeno abismo e lembrando o navio de combate homônimo. Ao longo dos anos em que a competição foi realizada neste local, ele nunca foi incorporado à linha de ninguém. Dá pra entender o porquê. Certa manhã, caminhando até lá, encontrei-me à sua sombra, num caminho muito estreito, rodeado de drops íngremes. O disse-me-disse era que vários pilotos tentariam a descida. “Será que o Battleship é zoado? Ou será que teria consequências zoadas?” Ouvi um escavador perguntar a outro.
Várias semanas antes, Brendan Fairclough, popular ciclista inglês que regressava ao evento pela primeira vez em quatro anos, estava sentado com um dos membros da sua equipe de escavação, Olly Wilkins, num café em Surrey, debruçado sobre imagens da pista do Rampage no Google Earth. O Battleship chamou sua atenção. “É uma parte grande da montanha, que foi observada nos últimos 12 anos, mas ninguém nunca desceu”, diz Fairclough, conhecido quase universalmente como Brendog. E assim, no primeiro dia de Rampage, diz Wilkins, “literalmente corremos até o topo do morro para olhar, porque era nosso único plano”.
O que parecia imponente no Google Earth era “totalmente horrível” ao vivo, diz Wilkins. “A coisa mais terrível sobre o Battleship é que ele não é estável”, explica. “Você está lá em cima com uma picareta e sente ele se mexendo. Eu realmente não ficaria surpreso se nos próximos dez anos essa coisa desaparecesse.” Não tem boa base. Se o simples fato de trabalhar nele já é angustiante, imagine saltar com sua mountain bike, a cerca de três metros de distância, e aterrissar em uma superfície de terra solta com um metro e meio de largura – e um precipício rochoso de cada lado. “Quando você está de bicicleta, não há uma maneira agradável de cair”, diz Wilkins. “Honestamente, é uma das coisas mais aterrorizantes”, diz Fairclough, que admite ter ficado acordado à noite pensando na descida. “É muito exposto”.
Tudo isso, perversamente, foi o que tornou o Battleship perfeito para Fairclough. “Da perspectiva de Brendan, ele não vai mandar um cash roll ou bar spin”, diz Wilkins. “Você tem que mostrar no que o piloto é bom – e eu diria que ele é um dos melhores do mundo nas descidas mais apavorantes.”
“Alguns dias antes, vimos um helicóptero LifeFlight decolando ao longe. Transportava o piloto inglês Gee Atherton, que caiu em um drop de 18 metros. ‘Uma rajada de vento o desequilibrou um pouco’, conta Berrecloth. Atherton sofreu múltiplas fraturas no crânio e nas vértebras; no Instagram, ele classificou os ferimentos como ‘não tão ruins’. Ele apareceu brevemente na festa pós-evento com uma cinta envolvendo pescoço e costas.”
Os escavadores do Rampage vão muito além das 12 exaustivas horas de trabalho. Eles são companheiros de equipe em um sentido muito real, usando sua experiência (a maioria são freeriders habilidosos) não apenas para ajudar a construir as melhores linhas, mas também para levar seus pilotos até o pórtico de chegada inteiros. Segundo Fairclough: “Na sua equipe, você quer alguém que saiba dizer: ‘Não, Brendan, acho que é uma ideia idiota’. Isso é crucial, porque estamos nesse ambiente insano, rodeados de idiotas que pensam como nós, querendo pular de lugares loucos.”
Kyle Strait, também conhecido como Natty Daddy, que viria a ganhar o prêmio Toughness do evento – depois de quebrar as costas em um treino no ano anterior – chama isso de “parceria mais louca”. Você não pode simplesmente pegar qualquer mountain biker que construiu uma rampa no quintal, observa ele. Ele tenta trazer a mesma equipe todos os anos. “Eu amo esses caras”, diz. “Nós literalmente confiamos neles, seja para verificar a velocidade de um novo drop ou para saber como deveria ser a aterrissagem.”
Em retrospectiva, diz ele, o fato de não ter seguido o conselho do construtor Mitch Ropelato na corrida do ano passado contribuiu para sua queda. Como sempre acontece no Rampage, a equipe ainda está dando o toque final nas pistas às vésperas da competição. “Mitch estava tipo, ‘Eu não gosto disso, não estou com bom pressentimento”‘, diz Strait. “E tentava convencer a ele e a mim: ‘Ei, acho que conseguimos – não temos mais tempo.’ Realisticamente, foi isso que me derrubou.” Assim como os outros ciclistas mais velhos que conheci, Strait não parece um viciado em adrenalina. Parece mais alguém bem consciente das estatísticas extremas inerentes à sua profissão. Vestindo uma camisa coberta de logomarcas e um chapéu de cowboy de palha após o pedal, ele não estava deslocado ou saído de uma corrida da Nascar.
Para economizar tempo, alguns pilotos que retornam devem revisitar suas linhas anteriores, ajustando-as e melhorando-as; as equipes também reúnem esforços para reconstruir obstáculos ou até mesmo descidas inteiras. Carson Storch, ciclista de 30 anos de Bend, Oregon, que começou a competir no Rampage quando tinha 21, me disse que compartilha 95% de sua linha com o colega Tom Van Steenbergen. “Nós dois estamos nos recuperando de lesões de 2021”, conta. “Estávamos em uma situação semelhante, onde queríamos apenas diminuir um pouco a intensidade e ser inteligentes e estratégicos em nossa construção.” Isso o prejudicaria, na avaliação dos juízes? “Somos pilotos completamente diferentes”, declara. “Fazemos manobras separados e temos nosso próprio estilo.” No final, compartilhar a linha parece que não causou nenhum mal. Eles fizeram a segunda descida ao mesmo tempo, apenas por diversão – e ambos terminaram no pódio.
À MEDIDA EM QUE NOS APROXIMAMOS de uma rampa suavemente curva que se projeta para o céu, Berrecloth aponta para umas pedras pequenas dispostas em dois conjuntos de linhas em direção à borda do salto. São as dicas de direção. “Como muitas decolagens são às cegas, você não consegue ver a aterrissagem desde a aproximação”, diz ele. “Especialmente nas mais altas, que têm consequências piores.” Essas pedras podem ser a diferença entre aterrissar num platô ou bater numa parede. “Em outros anos, pessoas chutaram pedras acidentalmente”, relembra. “Eu mesmo já rolei por aqui e minhas pedras se foram.”
Apesar do desafio à física e às incríveis exibições de talento técnico na montanha, construir e pedalar no Rampage é uma questão bem pouco tecnológica. Apesar dos rumores de que alguém tenha usado trena digital e que fitas métricas tenham sido esticadas nas descidas, a maior parte do que acontece lá em cima depende da experiência e da intuição – “sabedoria dos manos”, como Fairclough e sua equipe a chamam.
Strait argumenta que saber a distância exata de um salto sobre o cânion pode ser prejudicial. “Uma fita métrica, um velocímetro, qualquer coisa que indique um número – esse número não significa nada”, diz ele. Pense em algo simples como jogar um pedaço de papel na lata de lixo: “Você fica muito bom nisso – mesmo se a lata mudar de lugar, você fica tipo, ‘Eu consigo’. Mas se você descrever esse arremesso em números, não vai funcionar”. Fairclough acrescenta: “Não saber é melhor para a cabeça.”
Ter uma pedalada matematicamente marcada pode funcionar contra o ciclista, porque nestas condições nunca há duas pedaladas iguais. O famoso neurofisiologista russo Nikolai Bernstein sugeriu que a chave para a melhoria desportiva é a “repetição sem repetição” – praticar uma única habilidade de forma ligeiramente diferente de cada vez. A terra pode ficar mais macia, a densidade do ar pode mudar, a luz pode ser diferente. Turk ressalta que às vezes “você estará em uma seção com luz e a aterrissagem estará na sombra, de modo que a sensação é de estar saltando num abismo escuro”.
De longe, o maior fator ambiental no Rampage, no entanto, é o vento, como evidenciado pela meia dúzia de birutas penduradas de forma proeminente ao longo do percurso. Os ciclistas tendem a praticar saltos pela manhã porque, devido às mudanças na temperatura atmosférica, os ventos de Utah aumentam à tarde. “Nossas bicicletas são grandes velas”, diz Berrecloth. “É uma área de superfície bastante grande para o vento empurrar e puxar.”
Alguns dias antes, vimos um helicóptero LifeFlight decolando ao longe. Transportava o piloto inglês Gee Atherton, que caiu em um drop de 18 metros. “Uma rajada de vento o desequilibrou um pouco”, conta Berrecloth. Atherton sofreu múltiplas fraturas no crânio e nas vértebras; no Instagram, ele classificou os ferimentos como “não tão ruins”. Ele apareceu brevemente na festa pós-evento com uma cinta envolvendo pescoço e costas.
O Rampage é um jogo de centímetros. Os diggers constroem a rampa, os pilotos passam algumas vezes para avaliar a velocidade necessária, fazem um teste “cobaia” e voltam aos diggers com o relatório. A descida cobaia, diz Storch, é uma das “partes mais assustadoras” do evento, por isso começar de forma conservadora é uma ferramenta de gestão de risco. “Muita gente monta uma rampa com borda plana só para testar”, conta. “Mas na verdade querem mandar um flip, então voltam lá e sobem a borda um pouco”.
O timing também é fundamental. “Você tem que ter estratégia e saber o que termina primeiro, para ter coisas para pedalar assim que o treino começar”, diz Storch. Mesmo assim, é provável que os ciclistas ainda estejam cavando. Encontrei Cam Zink, vencedor deste ano, no pórtico de chegada ao final do evento, cercado por simpatizantes. “Durante toda a primeira semana você só fica batendo a cabeça com as pedras – catando, escavando, transportando tudo”, ele conta. “Daí você acha que terminou, que pode praticar mais. Mas assim que você pratica uma descida, o vento aumenta. Você calça as botas e volta a cavar.”
No final das contas, não fica totalmente claro o que é mais difícil: construir as linhas ou descer por elas. “A gente passa oito dias cavando, as mãos despedaçadas, parece artrite. Daí tem que testar os enormes obstáculos que acabou de construir”, diz Fairclough. Chegar à linha final depende tanto da estratégia quanto da habilidade. “É um enorme equilíbrio entre gerenciamento de tempo e energia e ter a equipe certa ao seu redor. Não é apenas se atirar de um penhasco.”
*Reportagem originalmente publicada na Go Outside 182.