A ex-participante do reality show No Limite, Andrea Baptista, ficou conhecida como a musa do programa, por comer os olhos de cabra na primeira edição do programa, voltou a ser lembrada com a estreia da nova edição do programa.
A advogada carioca (50), tem feito um circuito de entrevistas nos últimos dias, e tem falando sobre sua experiência no programa que embalou o início dos anos 2000. Andrea comenta que amadureceu muito nesses 21 anos, mas que continua ligada no 220v.
“Sou uma mulher que não paro. Gosto de estar ativa. Tenho 50 anos, mas me olham e não dão a idade que tenho. Fui fazer um PCR outro dia e a menina que fez ficou olhando para mim fixamente. Perguntei: ‘moça, o que foi?’, e ela respondeu: ‘é que estou impressionada com a sua idade. Jurava que você tinha 30 e poucos anos’. Todo mundo acha isso, tem essa impressão de mim”, compartilha a advogada.
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Mãe de dois meninos, João Bernador (15) e Elias Júnior, que faleceu de forma trágica em 2013, depois de sofrer um acidente no condomínio em que a família morava, a ex-participante de No Limite comenta que sua energia vital vem do filho que se foi.
“Meu filho vive em mim, nunca vi tanta força, meu corpo é jovem”, responde ela, comentando que é sempre muito dolorido relembrar da partida de Elias.
“Não existe cura. A dor pela perda de um filho não passa, é eterna. Meu outro filho diz que vivo ligada no 220v. É porque me sinto em uma bicicleta, se eu parar, caio. Preencho meu tempo o tempo inteiro. Trabalho como advogada, faço faxina, estudo direito do consumidor, dou aula para o meu filho. Procuro não parar porque sempre que paro, eu choro. O coração acalma um pouco, mas nunca descansa. A avó do meu filho que se foi faleceu recentemente e ele adorava ela. Quando soube, postei para um outro neto dela assim: ‘vai, vózinha, cuida dele por mim, faz aquele macarrãozinho que ele adora'”, contou Andrea.
A advogada comentou que não conseguiu assistir à entrevista de Dona Déa Lúcia, mãe do humorista Paulo Gustavo, após a morte do ator. “É complicado explicar. Quando o meu filho faleceu, conheci várias mães de anjos, pessoas de várias religiões. Existem mães que se entregam, outras vêm a falecer logo depois dos filhos. Me dizem muito: ‘como você é forte, guerreira, bonita’. Mas é uma reação também. Vi isso na Dona Déa, que disse que o Paulo Gustavo não gostava que ela chorasse, e me remeti muito ao que ela falou. Meu Júnior me queria assim”, completa ela.
Andrea ainda recorda que Júnior a considerava uma Mulher Maravilha. “Tenho uma tatuagem dele que é um bilhete, em que ele diz: ‘um beijo para a minha mãe linda, parabéns por tudo’. Tatuei no meu braço. Nunca entendi, mas isso me fez viver. É como se ele dissesse: ‘vai, linda, vai embora, vive. Seja forte como você sempre foi. Não desiste, ainda tem meu irmão’. É assim que me sinto. É covarde um filho ir antes da mãe. Passei por todas as fases do luto: primeiro é negação, quando nega Deus e tudo… Até vir a aceitação vem várias fases. Uma delas é o que meu filho quer de mim, quais são os desígnios de Deus. Mas dá, sim, uma falta de fé no início. As coisas acontecem de uma forma incompreensível”, diz ela.
Após uma relação conturbada, que envolveu violência doméstica, a ex-participante do reality No Limite compartilha estar solteira e realizada profissionalmente. “Desde que saí do programa, não parei de estudar. Outro dia, fiz uma análise sobre o que eu poderia fazer para ser feliz. E não era homem, bens materiais, nada disso. Sabe o que é que me faz feliz? Me realizar profissionalmente”, conclui.