Alzheimer: dormir menos de sete horas aumenta risco da doença, diz pesquisa

Alzheimer: dormir menos de sete horas aumenta risco da doença, diz pesquisa
Estudo apontou relação entre a má qualidade de sono e o maior risco da doença de Alzheimer (Crédito: Gerd Altmann/ Pixabay)

Um estudo comandado por pesquisadores da Fundação Pasqual Maragall, da Espanha, mostrou uma relação entre a má qualidade do sono e maior chance de desenvolvimento da doença de Alzheimer.

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A pesquisa foi publicada na revista científica Brain Comunications e contou com a participação do Barcelona Beta Brain Research Center (BBRC) e da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Foram analisados os dados de 1.168 adultos com mais de 50 anos de idade, incluindo o acompanhamento dos biomarcadores da doença de Alzheimer no líquido cefalorraquidiano, desempenho cognitivo e qualidade do sono.

Estudos anteriores já indicavam essa relação entre a qualidade do sono e o Alzheimer comparando a frequência de sintomas ou da própria doença em pequenas amostras populacionais.

Mas o estudo dos biomarcadores da doença permitiu uma análise mais ampla dessa relação entre sono e Alzheimer. “Através dessas análises, pudemos estudar associações entre os principais biomarcadores da doença de Alzheimer e diferentes medidas da qualidade do sono, como sua pontuação total, duração, eficiência e alteração”, disse o Dr. Oriol Grau, chefe da Pesquisa Clínica Grupo e Fatores de Risco para Doenças Neurodegenerativas do BBRC, em nota divulgada.

Dormir menos de 7 horas aumenta o risco

A análise de amostras de líquido cerebrospinal de 332 participantes ao longo de um período médio de um ano e meio mostrou que a qualidade do sono impactou os biomarcadores da doença de Alzheimer.

Entre os resultados que chamaram a atenção, está aquele que apontou a curta duração de sono, menos de sete horas por noite, associada a valores mais elevados de proteínas tau, um biomarcador chave para medir o risco de Alzheimer na fase pré-clínica, antes do início dos sintomas da doença.

“Os nossos resultados reforçam ainda mais a hipótese de que a problemas do sono pode ser um fator de risco para a doença de Alzheimer”, disse Laura Stankeviciute, pesquisadora do BBRC em nota do Instituto. “ Por isso, são necessárias pesquisas futuras que comprovem a eficácia de práticas preventivas, destinadas a melhorar o sono nas fases pré-sintomáticas da doença, de forma a reduzir a patologia da doença de Alzheimer”, concluiu.