Alpinistas desaparecidos no pico mais alto da Nova Zelândia são dados como mortos

Por Redação

Também conhecido como Monte Cook, o Aoraki é a montanha mais alta da Nova Zelândia. Foto: Shutterstock.

Três alpinistas – dois norte-americanos e um canadense – desaparecidos há cinco dias no Aoraki, a montanha mais alta da Nova Zelândia, foram dados como mortos.

Os corpos dos homens não foram encontrados. Mas, com base em pegadas vistas na neve durante uma inspeção aérea e itens que seriam deles, recuperados das encostas nesta semana, a busca foi encerrada, disse a inspetora Vicki Walker, comandante da polícia local, à agência de notícias AP.

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Os norte-americanos – Kurt Blair, de 56 anos, do Colorado, e Carlos Romero, de 50 anos, da Califórnia – eram guias alpinos certificados. As autoridades neozelandesas não divulgaram o nome do alpinista canadense a pedido da família.

Os homens foram transportados de helicóptero até uma cabana na montanha no último sábado (30) para iniciar a escalada.

Eles foram dados como desaparecidos na segunda-feira, quando não chegaram ao ponto de transporte previamente combinado após a ascensão. Horas depois, equipes de busca encontraram alguns itens relacionados à escalada que seriam deles, mas nenhum sinal dos alpinistas, informou a polícia.

As buscas ficaram paralisadas por três dias devido às condições climáticas adversas na região. Nesta sexta-feira (6), operadores de drones avistaram pegadas na neve e mais objetos que as autoridades acreditam pertencer aos homens.

“Após revisar os dias em que os alpinistas estão desaparecidos, a ausência de comunicação, os itens recuperados e o reconhecimento feito hoje, acreditamos que os homens não sobreviveram”, afirmou Walker. “Acreditamos que eles sofreram uma queda.”

A busca será retomada caso surjam novas evidências, mas as mortes dos alpinistas foram encaminhadas ao legista, acrescentou Walker.

O Aoraki, também conhecido como Monte Cook, tem 3.724 metros de altura e faz parte dos Alpes do Sul, uma cadeia de montanhas cênica e gelada que atravessa a Ilha Sul da Nova Zelândia. Um povoado com o mesmo nome, localizado na base da montanha, é um destino turístico para visitantes domésticos e estrangeiros.

O pico é popular entre alpinistas experientes. Seu terreno é tecnicamente desafiador devido às fendas, ao risco de avalanches, ao clima imprevisível e ao movimento das geleiras.

Mais de 240 mortes foram registradas na montanha e no parque nacional ao redor desde o início do século 20.