O filme “A Sociedade da Neve“, dirigido por J. A. Bayona e baseado na surpreendente história do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, trouxe novamente a atenção do público para o verdadeiro local da tragédia: o Vale das Lágrimas, na localidade de Mendoza, muito perto da fronteira entre Argentina e Chile.
O glaciar, situado a quase 4 mil metros de altura na Cordilheira dos Andes, repousa no alto da montanha de El Sosneado e já se chamava “Valle de Las Lágrimas” antes mesmo de testemunhar um dos eventos mais impressionantes e comoventes da história moderna.
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O voo do Uruguai colidiu em um cume dos Andes no dia 13 de outubro de 1972, provocando uma intensa batalha pela sobrevivência entre os 40 passageiros e cinco tripulantes a bordo. Em um dos lugares mais hostis do mundo, apenas 16 pessoas conseguiram sobreviver às condições extremas.
No momento do impacto, o avião teve sua cauda quebrada e a fuselagem caiu ladeira abaixo, parando finalmente em um glaciar congelado: o Vale das Lágrimas. O nome deste lugar ganhou um novo significado dada a história que o envolve.
Rodeado pelos imponentes vulcões Tinguiririca e Sosneado, e localizado na base da serra de San Hilario, uma majestosa parede de rochas e gelo de 5.180 metros de altura, o Vale das Lágrimas é um local que evoca não só beleza natural, mas também um lembrete comovente da força humana.
O fuselagem do Fairchild Hiller FH-227D repousou sobre um glaciar localizado nas coordenadas 34°45′54″S 70°17′11″O a uma altitude de 3.570 metros no Departamento de San Rafael, Província de Mendoza. O glaciar sem nome (mais tarde chamado Glaciar das Lágrimas) está a 4.280 metros de altura entre o cerro El Sosneado e o vulcão Tinguiririca, na fronteira montanhosa entre Chile e Argentina.
Através da tecnologia do Google Maps, é possível explorar virtualmente o Vale das Lágrimas e seus arredores, mas também há empresas especializadas em trekkings que percorrem os mesmos caminhos dos sobreviventes do voo 571.