Em uma tentativa de aumentar a conscientização sobre os ecossistemas ameaçados e incentivar a regeneração deles, a Grande Barreira de Corais da Austrália e outras partes da costa de Queensland vão ganhar um museu subaquático.
O Museu de Arte Subaquática (MOUA) é ideia do escultor e ambientalista britânico Jason deCaires Taylor. A proposta é que esculturas e instalações se tornem locais para a regeneração da vida marinha e do coral.
A primeira instalação está prevista para dezembro. Será uma escultura totalmente movida a energia solar de uma menina indígena, que estará em exposição durante a maré baixa e embaixo d’água na maré alta. A instalação mudará de cor como um aviso visual do aquecimento global, usando dados de temperatura da água do Instituto Australiano de Ciências Marinhas.
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“O Instituto Australiano de Ciências Marinhas tem uma série de registradores de temperatura ao redor do recife. Ele irá compilar esses dados e inseri-los na escultura, para que as mudanças de temperatura sejam vistas em tempo real”, disse Jaison ao The Guardian.
Em 2006, Jaison criou o primeiro parque de esculturas subaquáticas do mundo, em Granada – o parque e museu de esculturas Molinere Underwater – e desde então tem feito museus subaquáticos em todo o mundo, incluindo Cancún, Lanzarote e Bahamas.
Mais de dois milhões de pessoas visitam a Grande Barreira de Corais todos os anos. O objetivo é que o novo museu seja educacionalmente relevante para cientistas, moradores e turistas.
“Todos nós nos preocupamos com o recife, mas ter esculturas fantásticas – representando o recife, representando pessoas – é um lembrete de quão frágil [o recife] é, e como temos de cuidar dele e tratá-lo como um museu, Disse Adam Smith, diretor da Reef Ecologic, um dos parceiros do projeto.
O museu foi financiado pelo governo nacional e local ao lado de parceiros corporativos da Universidade James Cook, do Instituto Australiano de Ciências Marinhas e da Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Corais.